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Roseana, sua bancada e a eleição indireta na AL…

Roseana e os deputados aliados, em foto de 2011: hoje, o  jogo tem códigos próprios da política

Há uma espécie de linguagem figurada no debate tácito que travam a governadora Roseana Sarney (PMDB) e os membros de sua bancada na Assembleia Legislativa, por conta da possível eleição indireta na Casa, caso ela deixe o cargo.

Os deputados querem garantias de que terão algum tipo de estrutura para sua reeleição, mas não conseguem dizer isso claramente à governadora.

Roseana, por sua vez, sabe o que querem os deputados, mas estica a corda perigosamente, para ver até onde vai sua força política.

Nesta espécie de jogo-de-gato-e-rato fica evidente por que, até agora, tem-se a impressão de que a possível eleição indireta será um parto difícil do governo.

Os deputados que conversam com o titular do blog não escondem: a estrutura que percebem montada para eleger gente como Carlos Filho (PV), Glaubert Cutrim (PSL) e Adriano Sarney (PV) os assusta.

E os recados são dados quase que diariamente.

“O Arnaldo Melo já tem 25 votos se quiser se eleger governador indireto”, dizem uns.

“Se a governadora quer garantir a eleição de Luis Fernando, é por que quer facilitar a vida dele na disputa pelo governo em outubro. Mas quem vai facilitar a nossa?”, perguntam outros.

Mas as armas que Arnaldo Melo apresenta, a governadora também tem.

E assim, o jogo deverá se arrastar até o tempo-limite para que Roseana Sarney decida se sai ou não sai.

Os deputados sabendo o que querem, mas sem ter como dizer a ela.

E ela sabendo o que eles querem, mesmo sem perguntar…

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