Um dos motivos que levaram o grupo da governadora Roseana Sarney (PMDB) a enfrentar dificuldades na definição da chapa majoritária com a qual pretende disputar as eleições de outubro é a antipatia da própria Roseana à articulação política.
Bastava poucas horas de conversa da governadora – ou das lideranças do grupo – com alguns deputados estaduais, para que ela compreendesse exatamente o que se passa na Assembleia Legislativa.
Até agora, Roseana, o senador José Sarney e seus aliados mais próximos só têm como interlocutor na Assembleia o próprio presidente da Casa, deputado Arnaldo Melo (PMDB).
E é claro que, legitimamente, Melo só dirá a eles o que for do seu interesse.
Se conversasse com os líderes de bancada, um ou outro deputado isolado, Roseana poderia saber, por exemplo, que história é essa de um tal acordo condicionando a escolha de Washington Oliveira para o TCE à indicação, por parte da Assembleia, do eventual governador indireto.
Roseana também poderia saber, conversando diretamente com os deputados, se existe mesmo o fechamento de questão em torno de eventual eleição indireta de Arnaldo Melo.
Mas o problema é que, desinteressada da vaga de candidata ao Senado, Roseana pouca importância dá às conversas com os membros de sua bancada.
E o tempo foi passando, até chegar a um ponto de quase não-retorno.
E deu no que deu…