Este blog tem criticado duramente o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PTC), pelas mazelas da atual gestão na Prefeitura de São Luís.
Flávio Dino e Holandinha na campanha: hoje, o comunista quer ver o aliado pelas costas
Mas é preciso reconhecer que ele é mais vítima do que vilão no comando de São Luís.
O prefeito foi levado pelas circunstâncias a acreditar que todos aqueles que o cercavam na campanha eleitoral de 2012 tinham de fato, interesse em mudar São Luís para melhor.
Mas não tinham.
Ele foi cercado pelos verdadeiros vilões, cujo único objetivo era se locupletar dos cofres do município ou usá-lo como escada para alcançar o poder.
Agora, com os aspectos negativos da gestão de Holandinha expostos à opinião pública, os que usaram o prefeito se escondem, para não receber a mancha da incompetência e do fracasso da mudança, abandonando o aliado à própria sorte.
Um destes vilões é o chefe do PCdoB no Maranhão, Flávio Dino.
Inventor da candidatura de Holandinha e do tal discurso da mudança em São Luís, o comunista enganou o próprio prefeito, ao prometer-lhe, inclusive em campanha, que abriria as portas do governo Dilma Rousseff (PT) para garantir os recursos necessários à mudança em São Luís.
E o que fez Dino? Hoje, anda abraçado pelo Maranhão, com o principal adversário de Dilma, o senador Aécio Neves (PSDB), deixando o prefeito sem qualquer interlocutor no Governo Federal.
Rose Sales é uma as principais críticas do prefeito na Câmara
Fez mais ainda o chefão do PCdoB.
Hoje, enquanto se esconde de aparecer com o prefeito, Dino viaja Maranhão a fora carregando a tiracolo os principais adversários de Edivaldo Júnior – Eliziane Gama (PPS), Bira do Pindaré (PSB), Neto Evangelista (PSDB) e o próprio ex-prefeito João Castelo (PSDB), que pode até ser candidato a senador com aval do comunista.
A mudança que Flávio Dino pregava via Holandinha era apenas a do poder passando de mãos.
As indicações de Flávio Dino ao prefeito Edivaldo foram fracassos retumbantes, desde o secretário de Educação Allan Kardec, passando pelo adjunto Paulo Guilherme – que foram demitidos em estranhas circunstâncias – até o ex-chefe da Secomzinha, Márcio Jerry, antipatizado por todos os níveis de servidores da prefeitura.
Cada vez mai isolado, prefeito se isola também da própria gestão
Não só Flávio Dino, mas outros membros do PCdoB – que hoje atuam dos dois lados do balcão na prefeitura – veem Holandinha como um entulho que atrapalha seus planos de poder, por isso atacam e se escondem do prefeito.
E ele ainda é obrigado a aturar traições como a do ex-líder de sua gestão na Câmara Municipal, vereador Honorato Fernandes (PT), que se beneficiou o quanto pôde das prerrogativa do cargo e hoje também se desfaz publicamente do prefeito.
Edivaldo Holanda Júnior demonstra pouca aptidão para o cargo de prefeito, é verdade.
É inseguro, pouco afeito a enfrentar os problemas e incapaz de gerenciar crises.
Mas, nesta história ele é mais vítima do que vilão.
Simples assim…