O afastamento de Sá foi confirmado pelo diretor executivo da Folha, Sérgio Dávila, que alegou “preocupação do jornal em evitar proselitismo” entre os seus colunistas.
Curiosamente, a mesma Folha mantém em seus quadros o católico-apostólico Reinaldo Azevedo, o mais radical, agressivo e ferino defensor do PSDB no país.
O texto de Xico Sá sairia sábado, no caderno de Esportes, onde ele escrevia. Após o veto, a Folha deu a opção de ele publicá-lo no caderno de opinião, como colaborador. Ele recusou.
– Agora que os mais pobres conseguiram levantar a cabeça acima da linha da mendicância e da dependência das relações de favor que sempre caracterizaram as políticas locais pelo interior do país, dizem que votar em causa própria não vale. Quando, pela primeira vez, os sem-cidadania conquistaram direitos mínimos que desejam preservar pela via democrática, parte dos cidadãos que se consideram classe A vem a público desqualificar a seriedade de seus votos – dizia o trecho final do artigo do jornalista.
A demissão do jornalista mostra bem o nível de alinhamento da chamada grande imprensa com a campanha de Aécio Neves (PSDB), incensada também pelo mercado e pelos grandes empresários do eixo Sul/Sudeste.
Desde o episódio, Xico Sá tem desabafado em seus perfis no Twitter e no facebook…