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Eximindo-se…

Tem repercutido muito nos meios políticos a insistência com a qual o prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PTC), deixa claro a expectativa que tem em relação à posse do futuro governador Flávio Dino (PCdoB).

O prefeito passa a ideia de que, partir de então, todos os seus problemas estarão resolvidos.

Mas a insistência do prefeito apenas reforça a sua imagem de dependência e de incapacidade na resolução dos próprios problemas.

Edivaldo foi eleito em 2012 sob a tutela de Flávio Dino, mas não conseguiu honrar os compromissos de campanha. Agora, que seu tutor assume o governo, parece um menino inseguro, na expectativa de que o padrinho resolva o problema em que se envolveu.

Flávio Dino já deu mostras de que, se puder, fará algo pelo prefeito da capital maranhense, mas tem consciência de que precisa fazer também pelos outros 216 municípios, até para honrar o seu discurso de mudança.

Tutelar Edivaldo Júnior depois de o próprio prefeito não dar as respostas necessárias durante toda a primeira metade de sua gestão, é também dizer à população que o prefeito não consegue andar com as próprias pernas.

Além do mais, o governo tem em sua base pelo menos três outros políticos de São Luís interessados no cargo ora ocupado pelo prefeito. E eles entenderão como uma espécie de traição a preferência do governador pelo afilhado.

O que Edivaldo Júnior precisa é arregaçar as mangas, ele próprio, e mudar a dinâmica de sua gestão na capital maranhense.

O auxílio do governador terá que ser apenas institucional, disponibilizando os instrumentos necessários a um trabalho eficaz.

A tutela excessiva transformará o prefeito em uma espécie de fantoche, o que será rejeitado pelos eleitores, já decepcionados com os primeiros dois anos de mandato.

A gestão de Edivaldo Júnior se arrasta há dois anos.

E repassá-la a terceiros será a assinatura de um atestado de incapacidade gerencial.

Que será vista desta forma pelo cidadão da capital maranhense.

Da coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhão, com ilustração do blog

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