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Com um pouquinho mais de esforço vão conseguir acabar com as tradições do carnaval de São Luís…

Corredor oficial da folia, vazio em plena noite de sábado

Por Aquiles Emir

Não se sabe quando, nem quem, por quais critérios, elegeu o carnaval de São Luís o terceiro melhor do Brasil, mas a explicação mais próxima da realidade, teria sido um comentário feito pelo empresário italiano Francisco Matarazzo, o Conde Matarazzo, dono de uma das maiores fortunas do Brasil até os anos 1930, como empreendedor em São Paulo.

Numa de suas viagens de negócios pelo Nordeste, coincidiu que passasse os dias carnaval em São Luís, e ele de tão encantado com os bailes de máscaras, desfile de fofões, o ritmo dos blocos etc, teria dito que aquele foi o terceiro melhor carnaval que já tinha visto no Brasil, pois ficava atrás apenas do Rio de Janeiro e de Pernambuco.

O comentário ganhou repercussão e transformou-se numa verdade.

Matarazzo elegeu o carnaval do Maranhão e o terceiro melhor do Brasil

Certo é que São Luís teria tudo para ter um bom carnaval, pela criatividade do seu povo, pela diversidade dos ritmos aqui existentes, porém o que se percebe é que esta manifestação está diminuindo ano após ano, principalmente por conta de interferência do poder público, que acaba atravessando o samba para privilegiar não quem é de bamba, mas é bom de votos, e isto vem de uns anos para cá.

A foto que ilustra esta postagem, copiada de O Estado do Maranhão, mostra um exemplo disto, pois numa noite de sábado um dos principais corredores de folia criado pelo Governo do Estado e Prefeitura está vazio, sem animação dos poucos que foram tentar se divertir.

A continuar assim, daqui a alguns anos o carnaval de São Luís vai estar para os brasileiros igual ao de Fortaleza (CE), Teresina (PI), Palmas (TO), Brasília (DF) e outras cidades em que quase não se vê animação, até porque quando alguém pensa em diversão no período do Reinado de Momo, os lugares que vêm em mente são Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE), Olinda (PE), Salvador (BA), Ouro Preto (MG) e até mesmo São Paulo (SP).

O pior é que a cidade não se apresenta sequer como opção alternativa para quem não quer folia, sendo prova disto o esvaziamento da rede hoteleira, que está com apenas 50% dos leitos ocupados.

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