Ela também revelou que o atual governo utiliza-se do mesmo modus operandi que critica.
Para fazer a transferência a Caxias – que, como diz a líder oposicionista Andrea Murad (PMDB), não teria nada de mais, se os salários e pagamentos da SES não estivessem atrasados – o governo usou o mesmo argumento do repasse fundo a fundo. O mesmo utilizado, por exemplo, em outubro passado, mesmo com a negativa a nota da secretaria.
A postura do governo na Saúde se repete em todos os setores da administração.
O governo da mudança faz exatamente tudo o que condenava enquanto em campanha.
Já foi mostrado em O Estado que os ex-críticos do chamado Conselhão hoje refestelam-se em suas reuniões, com jeton de quase R$ 6 mil, embora tenham criticado durante a prática enquanto deputados na Assembleia.
Também foi revelado por O Estado que o governo, agora, orienta sua bancada a deixar engavetado o projeto que garante o pagamento obrigatório das emendas parlamentares. E quem engaveta são os mesmos que, há alguns meses, sob o manto da oposição, pressionaram para que proposta fosse aprovada na Comissão de Constituição e Justiça.
E é assim, com todas as contradições criadas pelo seu próprio discurso de campanha que o governo vai marcando sua mudança.
Que acaba se confundindo com a própria incoerência.
Da coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhão, com ilustração do blog