Os deputados estaduais maranhenses – do governo e da oposição – tiveram participação preponderante pelo fim do protesto dos índios na Assembleia Legislativa e no Palácio dos Leões.
Conciliadores, abertos ao diálogo – coordenados pelos colegas Zé Inácio (PT) e Wellington do Curso (PPS), representantes da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia – os parlamentares fizeram exatamente tudo o que o governo Flávio Dino (PCd0B) não fez.
Estamos propondo uma reunião para pôr fim neste impasse de maneira que os indígenas sejam contemplados com o atendimento a pauta de reivindicação”
Zé Inácio, deputado
Curiosamente, era Flávio Dino quem pregava o diálogo durante a campanha.
Desde o início da crise, Dino e seus principais auxiliares mantiveram-se intransigentes, ridicularizando a ação dos índios, sob risco de causar problema ainda maior. Diante do autoritarismo governamental, os dois parlamentares da própria base saíram em busca do diálogo que o comunista se recusou a ter.
Foi preciso a presença dos oposicionistas Andrea Murad (PMDB), Ariano Sarney (PV) e Sousa Neto (PTN) para que os índios pudesses estar na assembleia Legislativa sem maiores problemas.
O governo se compromete, até o final de 2015, reativar todos os Conselhos Indígenas, tendo em vista a necessidade de contemplar todas as etnias indígenas”
Wellington do Curso, deputado
A intransigência do governo levou os líderes da Comisão de Dirietos Humanos, ao lado de líderes governistas, como Eduardo Braide (PMN) e Rogério Cafeteira (PSC) a assumir a pauta de negociações.
Curiosamente, tanto Inácio quanto Wellington sofrem constantes represálias do próprio governo que defendem, por causa da postura aberta ao diálogo.
Coisa que incomoda fortemente o imperialista governador…