Ao mesmo tempo em que seu grupo patrulha qualquer aproximação da deputada Eliziane Gama com PMDB e PV, governador comunista faz vista grossa, e até estimula, alianças de Edivaldo Júnior e de Rosângela Curado com os mesmos sarneysistas
Desde 2012, quando Eliziane Gama (PPS) mostrou que poderia ser o principal nome na disputa pela Prefeitura de São Luís, o governador Flávio Dino (PCdoB) e seu grupo começaram a amarrá-la em uma camisa-de-vara.
A deputada passou a ser patrulhada em todos os seus movimentos partidários, para evitar que ela pudesse se aproximar de partidos como PMDB, PV, DEM e outras legendas alinhadas ao chamado grupo Sarney.
Mas o Flávio Dino e os dinistas que patrulham Eliziane, gerando uma espécie de temor eleitoral na candidata do PPS, são os mesmos que fazem vista grossa – e até estimulam – a aproximação de outros aliados com os sarneysistas.
Em São Luís, por exemplo, o PCdoB chegou a acatar de bom grado a indicação da secretária Helena Duailibe para vice de Edivaldo Júnior (PDT) – atraindo o PMDB sarneysista – ao mesmo tempo em que detonava qualquer tentativa de conversa de Eliziane com o senador João Alberto, que preside a legenda.
Para Dino, só não servem os sarneysistas que buscam outros caminhos.
Os que estão com ele – como Pedro Fernandes (PTB), Gastão Vieira (Pros), Costa Ferreira (PSC), Hélio Soares (PR), Cláudio Trinchão (PSD) – são aceitos como supra-sumo político.
No fim de semana, a pedetista Rosângela Curado chegou a declarar, em entrevista ao Jornal Pequeno, que terá o vice do PCdoB, mas contará também com o apoio do ministro Sarney Filho (PV) em Brasília. E citou vários outros sarneysistas em seu palanque.
Até mesmo Wellington do Curso (PP), que se declara publicamente “da base do governador”, já afirmou que não faz acepção entre o apoio de dinistas e sarneysistas.
O que ele quer é vencer a eleição com o maior número de apoio; e está certo.
Mas basta que Eliziane se manifeste para que a patrulha comunista comece a bombardeá-la, parece até que já sabendo o temor que a deputada tem de pressões.
Na tradução óbvia: sarneysista só presta se estiver com Flávio Dino; se for com Eliziane, é rotulado.
E aceitando isso, ela perdeu a chance de já ter liquidado a fatura.
Simples assim…