Prefeito sabe que, se não imprimir um ritmo de gestão com a sua cara, mostrando pulso para gerenciar e atitude de líder político, pode amargar o ostracismo a partir de 2020, quando deixar o posto no vazio entre dois pleitos
Pelo menos no discurso – não dele, mas dos aliados – o prefeito Edivaldo Júnior (PDT) deve adotar nova postura político-administrativa em sua gestão a partir de janeiro.
Mais ágil, mais firme, mais presente, mais duro.
Fortemente desgastado nos primeiros quatro anos de gestão – a ponto de ser dado como morto político até antes de começar a campanha, que só venceu pelo uso ostensivo e exagerado da máquina administrativa – Holandinha quer mostrar a população uma mudança de perfil pessoal e profissional que lhe garanta estofo suficiente para seguir na vida pública a partir de 2020, quando encerra o segundo mandato.
O prefeito não disputará as eleições de 2018.
Ele próprio prometeu isso ao eleitor de São Luís durante a campanha, e mudar os planos no meio do mandato soaria como traição ao eleitor já desconfiado com sua insegurança. Além disso, nenhum posto em disputa daqui a dois anos tem tanta força para Edivaldo quanto o de prefeito da capital maranhense.
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Se não conseguir construir uma imagem sólida de liderança política – o que não foi feito nos quatro anos sob a tutela do governador Flávio Dino (PCdoB), Edivaldo corre o risco de ser um novo Tadeu Palácio, o ex-prefeito que chegou a se reeleger, mas amargou o ostracismo após o fim do segundo mandato.
E é por isso que cada vez mais aliados pregam uma mudança de perfil no Edivaldo do segundo mandato em relação ao do primeiro.
Mais forte, mais ágil, mais firme, mais presente.
Ele próprio, no entanto, e não apenas seus aliados, precisa dar mostras de que está neste caminho.
E o primeiro passo é tomar o controle absoluto de sua gestão.
Afinal, 2020 é logo ali…