A prisão de Lula, e o desejo de tirá-lo da eleição, é a segunda das três fases montadas nos escritórios de São Paulo para legitimar a tomada de poder e garantir o controle do país
A prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mais do que um fato isolado, uma decisão técnica, é, na verdade, a segunda etapa de um golpe iniciado em 2016, com a cassação da presidente legitimamente eleita, Dilma Rousseff (PT).
Os golpistas da mídia, do mercado do paulista e de setores do Judiciário apostaram suas fichas na eleição de 2014, com uma enfraquecida Dilma Rousseff (PT). Apostavam que Aécio Neves (PSDB) a venceria no voto, o que não ocorreu.
A saída, então, foi criar uma situação para apeá-la do poder, o que ocorreu em 2016.
O segundo passo é afastar Lula da disputa presidencial. Sem ele, apostam os golpistas, será mais fácil legitimar o golpe, seja com a eleição de um membro do atual governo – Michel Temer ou Henrique Meireles (ambos do MDB), seja com a vitória do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckimin (PSDB).
É fundamental para isso, portanto, que Lula continue preso e seja declarado inelegível.
Essas são as próximas etapas do golpe…