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Novos políticos, velhas práticas…

Submissos ao poder do governo Flávio Dino – em uma assembleia com apenas três parlamentares efetivamente de oposição – deputados subvertem aos próprios compromissos eleitorais de lutar pelo povo

 

Eleitos com o discurso da “nova política”, muitos dos que formam a base governista repetem as velhas práticas na Assembleia Legislativa do Maranhão. Num plenário em que somente três parlamentares – César Pires (PV), Adriano Sarney (PV) e Wellington do Curso (PSDB) – têm posicionamento crítico em relação ao governo Flávio Dino, o Legislativo segue com total submissão ao Executivo estadual.

Nenhum dos deputados eleitos prometendo fazer uma “nova política” conseguiu manter na Assembleia o pacto feito durante a campanha eleitoral de defender os interesses do povo, e continuam com as práticas que condenavam em seus discursos.

Hoje o que se vê são esses mesmos políticos aprovando todas as propostas do governo Flávio Dino, sem qualquer questionamento, mesmo contrariando a vontade da população. Seus discursos estão distanciados de suas promessas.

Além de manter a submissão ao governo nas votações na Assembleia, os “novos” parlamentares abrem mão de outra obrigação que assumiram quando foram eleitos: a de fiscalizar os atos do Executivo. E assim, obedientes ao governador e não aos seus eleitores, barram todas as iniciativas da oposição que visam garantir transparência na gestão dos recursos públicos, como pedidos de informações e convocação de gestores.

E vão além na submissão: fecham os olhos para a incapacidade do governo estadual em atender as principais necessidades da população, como a recuperação das estradas estaduais e a manutenção de serviços de saúde com qualidade.

Para tentar manter a imagem do “novo”, inovam na formulação de leis inócuas e na renovação de promessas que, sabem, não serão cumpridas, pois dependem da vontade do governo que exerce total controle dos seus mandatos.

Cedem suas prerrogativas ao Executivo na esperança de receber algum benefício, mas nem mesmo têm atendidas as demandas que levam ao governo.

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