Candidatos de centro-direita disputam as primeiras colocações pela Prefeitura de São Luís, enquanto partidos como PDT e seus parceiros – que estão há 31 anos no comando municipal – amargam baixos índices de intenção de votos; e precisarão da força da máquina para alavancar seus representantes
Ensaio
Os partidos da chamada esquerda maranhense – já há 31 anos comandando a Prefeitura de São Luís – amargam baixos índices de intenção de votos, como revelou pesquisa o Instituto Prever, divulgada neste fim de semana.
Segundo o levantamento, os quatro primeiros colocados na disputa são todos de partidos de centro-direta; e todos ligados ao governo Jair Bolsonaro.
Eduardo Braide (Podemos) ocupa a primeira colocação, com 43,1% das intenções de votos; bem atrás está Duarte Júnior (Republicanos), com 8,8%, embolado com Wellington do Curso (PSDB), com 8,7%; e Adriano Sarney (PV), com 7,2%.
Só depois começam a aparecer os candidatos da esquerda.
Bira do Pindaré (PSB) surge com 5,9%, empatado com Neto Evangelista (DEM), que tem 5,3%.
Apesar de ser filiado ao Democratas, Evangelista tem o apoio declarado do PDT, que está desde 1989 atuando na prefeitura.
Rubens Pereira Júnior (PCdoB), outro representante do consórcio de esquerda formado por prefeitura e Governo do Estado, só aparece na nona posição, com medíocres 1,2%.
Os representantes da chamada ultra-esquerda, formada por PSTU e PSOL, registraram menos de 1% das intenções de votos, mesmo patamar do PT.
Há vários fatores que podem influenciar essa rejeição pela esquerda em São Luís.
O recall da eleição do presidente Jair Bolsonaro pode ser um deles; a chamada “fadiga de material” da longa gestão pedetista pode ser outra.
E pode ser também cansaço de viver sob a égide do consórcio Prefeitura de São Luís/Governo do Estado, liderado pelo prefeito Edivaldo Júnior (PDT) e pelo governador Flávio Dino (PCdoB).
De qualquer forma, o resultado da pesquisa deve servir de alerta para os esquerdistas e anti-bolsonaristas de São Luís.
Caso contrário, terão que repetir 2016 e usar a máquina para fazer força aos seus candidatos.
Afinal, a Justiça Eleitoral acabou de dizer que nada aconteceu naquela eleição…