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Os riscos da liderança de governo para Marcial Lima

Vereador deixa a posição de principal cobrador das ações da prefeitura para se tornar uma espécie de avalista do novo prefeito entre seus pares; vai depender, portanto, do sucesso de Eduardo Braide no comando de São Luís

 

Ao lado do próprio Braide, Marcial esteve nas ruas cobrando resultados da prefeitura; agora terá que explicar também a eventual falta de resultado

Ao decidir assumir a liderança do governo Eduardo Braide (Podemos) na Câmara Municipal, o vereador Marcial Lima (Podemos) toma uma decisão de risco em seu segundo mandato.

Repórter combativo e atuante, âncora de forte influência popular nas comunidades – como cobrador de ações diretas das gestões, o que lhe valeu dois mandatos parlamentares – Lima passa agora a ser avalista das ações de Eduardo Braide.

Seu sucesso dependerá, portanto, do sucesso do próprio Braide.

A história recente da política maranhense mostra que, quase sempre, parlamentares pagam um alto preço ao assumir defender as ações de determinado governo.

A Assembleia Legislativa, por exemplo, não costuma reeleger líderes de governo, por mais destacado que seja esse governo.

Na própria câmara, um dos exemplos históricos e conhecidos é o do então vereador Pedro Celestino. 

Eleito com forte votação por sua postura combativa contra ações governamentais, Celestino aceitou, logo de cara, liderar o então governo Jackson, o que levou ao esvaziamento de suas ações.

Resultado: acabou nem se reelegendo.

Nestas eleições, o ex-vereador Ivaldo Rodrigues (PDT) também pagou o preço da defesa do prefeito Edivaldo Júnior (PDT), embora o próprio prefeito tenha tido sucesso incontestável.

Político promissor, com aberta carreira na política maranhense – potencial candidato a deputado estadual nas próximas eleições – Marcial Lima assume uma posição que pode dar a ele destaque político nos próximos dois anos.

Mas pode também cobrar um alto preço eleitoral…

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