Disputa entre o atual presidente Erlânio Xavier e o prefeito de Caxias, Fábio Gentil, transformou-se em mais uma tentativa do vice-governador Carlos Brandão de fazer contraponto político ao senador Weverton Rocha
Análise de conjuntura
Desde 1996, com a eleição do então prefeito de Balsas, Luiz Rocha – que havia sido governador do estado – a eleição da Federação dos Municípios do Maranhão (Famem) não ganhava tanta importância como a desta quinta-feira, 14.
A disputa entre o atual presidente da entidade, Erlânio Xavier (PDT), e o prefeito de Caxias, Fábio Gentil (PRB), virou mais uma prévia do que deverá ser a sucessão do governador Flávio Dino (PCdoB), em 2022.
Derrotado nas eleições municipais de São Luís, Imperatriz, Pinheiro e Timon – alguns dos principais colégios eleitorais do Maranhão – o vice-governador Carlos Brandão (PRB) tenta, desde então, suplantar o senador Weverton Rocha (PDT) em uma medição de força pré-eleição estadual.
Tentou a Câmara de São Luís, mas não conseguiu sequer formar chapa; agora tenta tomar a Famem, apoiando a candidatura de Gentil.
Os grupos de Erlânio e Gentil articulam freneticamente e ambos garantem ter maioria para chegar ao comando da entidade.
O mais importante, porém, será a quantidade de votos que cada prefeito terá, o que demonstrará a capacidade de articulação de Brandão – que está no exercício do governo – e de Weverton, cujo PDT elegeu a maioria dos gestores.
Ganhando a eleição com Gentil, Brandão respira como pré-candidato a governador e pode sonhar com a cadeira de Dino em 22; se der Weverton, com Erlânio, o pedetista praticamente se consolida como principal candidato a governador e passa a ser a referência das eleições estaduais de 2022.
Por isso a quarta-feira, 14, terá uma importância histórica para o Maranhão…