Criado como mais um príncipe do interior maranhense marcado para ter o estado como herança, deputado federal percebeu com a dura realidade das urnas que o poder se conquista com bem mais atributos que apenas o mero sobrenome
Nem as bençãos do padrinho Flávio Dino livraram Rubem Júnior do fracasso de 2020; e agora a desilusão com a saída do governo Dino
Ensaio
Como tantos outros Júnior’s, Netos, Filhos e Sobrinhos, o deputado federal Rubens Pereira Júnior (PCdoB) é o herdeiro político de mais um dos clãs que reinam nos rincões maranhenses.
Nas campanhas e nas conversas políticas, Rubens Pereira, o pai – e o próprio Rubens, o filho – exibem com orgulho um vídeo de infância em que, perguntado sobre que profissão seguiria quando adulto, o garotinho responde com confiança: “deputado”.
Rubens Júnior virou deputado estadual e federal; mas a família sonhava além.
A realidade, porém, bateu à porta e Pereira Júnior descobriu que, para entrar no círculo do poder central, precisará bem mais do que um mero sobrenome de família tradicional do interior maranhense.
A decepção com a fracassada campanha de prefeito de São Luís, em 2020 abalou o Júnior comunista, que esperava em um resultado melhor a catapulta para se tornar opção de governo – ou quem sabe uma vice – nas eleições de 2022.
Rubens Júnior volta à Câmara não mais como novidade, mas como qualquer outro em busca de votos para tentar a reeleição.
Tem idade e coragem para garantir novo mandato e refazer sua trajetória.
Mas vai ter que entender que o Maranhão não se tem por herança…