Ex-presidente reafirmou os compromissos de aliança do PT no Maranhão e a impossibilidade de apoio ao PSDB, o que levou governador a apresentar outras duas possibilidades, igualmente rechaçadas pelo líder petista
Lula voltou a deixar claro os caminhos do PT no Maranhão, o que frustrou o governador maranhense, que quis dar outra conotação ao encontro
O governador Flávio Dino (PSB) mostra-se cada vez mais sem rumo, à medida que vai se aproximando a data de anúncio do candidato ao Governo do Estado e das tentativas frustradas de fazer do vice-governador Carlos Brandão (PSDB) candidato único do sua base.
Esta semana, viu frustrada mais uma tentativa de convencer o ex-presidente Lula a levar o PT ao apoio ao tucano.
No jantar que teve com Lula na última segunda-feira, 8, Dino ouviu mais uma vez que o compromisso do PT é de aliança com o senador Weverton Rocha (PDT).
E ouviu mais: a impossibilidade de o PT apoiar o PSDB.
Foi então que o governador maranhense apelou para outras duas possibilidades:
A primeira: ter o secretário Felipe Camarão como vice na chapa tucana de Brandão, o que foi rechaçado pelo presidente exatamente pelo fato de Brandão estar no PSDB.
A segunda: Dino apelou novamente e disse que poderia trocar Brandão de partido – do PSDB para o PSB – o que garantiria a aliança da esquerda com o PT; segundo apurou o blog Marco Aurélio D’Eça, Lula viu isso como uma mensagem de fragilidade de Flávio Dino.
De fato, o governador mostra-se fragilizado diante das dificuldades de viabilizar o nome de Brandao dentro da base do governo.
Na semana passada, ele usou auxiliares e tentou cooptar aliados do senador Weverton Rocha, mas frustrou-se diante das negativas.
Enquanto Dino se mobiliza atabalhoadamente para tentar criar um verniz de viabilidade em seu vice – mesmo sem que ele atenda a nenhum dos critérios estabelecidos na carta-compromisso de julho – Weverton vai mantendo sua agenda de pré-candidato e aliado.
O senador entende que atende aos critérios estabelecidos para ser o candidato da base, e segue sua rotina como aliado do governador.
Afinal, é Flávio quem tem que dizer se vai ou não atender ao que ele mesmo estabeleceu como pré-requisito…