Ícone do site Marco Aurélio D'Eça

Flávio Dino admite falta de apoio da base a Carlos Brandão…

Ciente de que não conseguirá convencer a base partidária e as lideranças políticas do seu grupo para o apoio ao vice, governador já admite não apenas liberar os aliados a seguir outros caminhos – desde que mantenham o apoio ao seu projeto de candidatura ao Senado

 

Embora tenha feito “escolha pessoal” por Brandão, Flávio Dino pensa em sua candidatura ao Senado e pode abrir dois palanques no Maranhão

No dia 22 de setembro, o blog Marco Aurélio D’Eça publicou o post “A Solução José Roberto Arruda”.

Trata-se de um texto com referência à solução encontrada, em 2006, pelo então governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz, para a disputa interna entre sua vice, Maria Abadia (PSDB), e o senador José Roberto Arruda ((DEM), que resultou na vitória de Arruda.

Na entrevista que concedeu hoje ao quadro Bastidores, da TV Mirante, o governador Flávio Dino (PSB) indicou que pode tomar a mesma atitude de Roriz nas eleições de 2022.

Dino revelou ao jornalista Clóvis Cabalau que sua “escolha pessoal” pela candidatura do vice-governador Carlos Brandão (PSDB) não é impositiva; ou seja, pode ser revista;

Mas, nas entrelinhas, o governador apenas admitiu que não tem como convencer a base pelo apoio ao tucano.

A base de Flávio Dino é formada hoje por 13 partidos: PSB, PCdoB, PSDB, PDT, PT, DEM, Solidariedade, Cidadania, PP, PRB, PSL, PTC, PROS.

Destes, seis estão fechados com o senador Weverton Rocha: PDT, DEM, PP, Cidadania, PSL, e PRB. Já o Solidariedade tem como candidato o secretário Simplício Araújo.

Só a soma destes partidos já indica que Brandão não tem a maioria do grupo, apesar de Dino e seus aliados na imprensa tentarem criar uma maioria artificial, com partidos que não apoiam o vice.

Oficialmente, com Brandão fecham apenas quatro partidos: PSDB, PSB, PCdoB, e PROS.

PT e PTC ainda não definiram suas posições, tendo em suas fileiras fortes defensores de Weverton.

Além disso, a maior parte do apoio ao vice tucano parte do antigo grupo Sarney.

Na entrevista a Cabalau, Dino rodou, rodou apenas para reconhecer que não tem maioria para apoiar sua “escolha pessoal” por Brandão

Foi exatamente por isso que Flávio Dino criou o discurso para Cabalau, ensaiado no dia anterior com seu principal auxiliar, o secretário Márcio Jerry (PCdoB).

E a decisão final, que estava prevista para janeiro de 2022, deve ser levada para o final de março, quando Dino deixará o governo.

Mas esta é uma outra história…

Sair da versão mobile