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Mais do que tentar proibir, Ministério Público precisa investigar gastos com shows no interior…

Artistas nacionais são contratados com valores que chegam a R$ 700 mil em cidades sem estrutura financeira para bancar os eventos; é preciso abrir uma linha de investigação sobre as negociações por trás destes espetáculos

 

Xand Avião Wesley Safadão tiveram shows milionários questionados judicialmente pelo Ministério Público no interior maranhense

Em menos de uma semana, o Ministério Público pediu à Justiça a suspensão de pelo menos dois shows de peso no Maranhão.

Em Vitória do Mearim, a prefeitura iria contratar, por R$ 500 mil, o forrozeiro Wesley Safadão, mas a Justiça suspendeu o evento; já em Bacabal, a festa de aniversário da cidade está marcada para este fim de semana, com Xand Avião, ao custo de R$ 750 mil.

Mas, além de proibir os eventos, o Ministério Público deveria ir mais a fundo e investigar como se dá a relação entre as prefeituras e os produtores de shows no interior maranhense.

Shows, Festas, espetáculos teatrais, feiras e diversos outros tipos de eventos são vendidos a peso de ouro a prefeituras, muitas vezes com a chamada “tabela cheia”, ou seja, preço quase três vezes mais alto que o usual.

Trata-se de um “investimento” a fundo perdido, já que que os shows são de graça e não têm qualquer retorno financeiro ao município.

Mas se o MP puxar a corda, achará o fio da meada deste esquema…

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