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Carlos Lula é o mais contundente adversário de Braide na Assembleia

Com a experiência de ex-secretário de Saúde, deputado usa frases duras para se referir ao prefeito de São Luís, mas com argumentos irrefutáveis, que repercutem entre os colegas e na população

 

Carlos Lula na tribuna da Assembleia Legislativa: contundência com autoridade

 

A frase, dura, foi uma da mais contundentes pronunciadas nesta terça-feira, 18, durante debate na Assembléia Legislativa sobre a morte de um bebê indígena, em uma UPA, após ter sido recusado no Hospital da Criança, gerido pela Prefeitura de São Luís.

oferida pelo deputado Carlos Lula (PSB) poderia ser mais uma entre muitas ditas por adversários do prefeito Eduardo Braide (PSD) interessados nas eleições de 2024.

Saída da boca de Carlos Lula, no entanto, a afirmação ganha contundência.

Ex-secretário de Saúde, Carlos Lula falou com a autoridade de quem conhece o sistema hospitalar, o que faz dele o mais duro e eloquente adversáro de Eduardo Braide.

Diferente de tantos outros casos em que por obra do destino a criança sobrevive, hoje os pais desse bebê indígena estão velando seu filho. E a responsabilidade, ainda que não seja material, é política e do prefeito da cidade de São Luís – afirmou Lula.

Detalhando o funcionamento do sistema de saúde, o deputado socialista ressaltou que o Hospital da Criança não pode se negar a atender nenhuma criança, por tratar-se de “uma unidade de urgência e emergência, porta aberta.”

Independentemente da responsabilização do prefeito Eduardo Braide, Carlos Lula conseguiu, para além do debate político puro e simples, descrever, em apenas um discurso, o funcionamento da saúde em todos os seus aspectos.

O parlamentar socialista – um dos nomes do partido para as eleições de 2024 – ganhou ainda mais autoridade ao revelar que, como secretário de Saúde, chegou a propor a Braide que assumisse a gestão do Hospital da Criança para concluir a obra, proposta recusada pelo prefeito.

Fiz reunião com a direção do hospital, todos estavam animados, o Hospital Genésio Rêgo daria melhores condições de atendimento para as crianças do Maranhão inteiro. Mas o prefeito se negou a permitir essa parceria entre Estado e Município, assumiu a obra e disse que entregaria em menos seis meses – revelou o deputado.

O corpo do bebê foi entregue a família no início da tarde desta segunda-feira, 17. Era da etnia Ka’apor, território de povos tradicionais na região de Nova Olinda do Maranhão.

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