Um conjunto de displays de propaganda do candidato a deputado estadual Canindé Barros (PSL) foi encontrado nesta tarde em um depósito pertencente à Secretaria de Terras e Urbanismo, antiga Semthurb.
A apreensão das peças – apelidadas de “canindezinhos” e espalhadas em várias áreas de São Luís e do interior – seria ilegal, segundo avaliação do candidato.
– A prefeitura não tem autoridade para recolher peças de propaganda eleitoral, que são regulamentadas e fiscalizadas pela própria Justiça Eleitoral. Os “canindezinhos” estão de acordo com o padrão definido pelo TRE. Só posso atribuir o recolhimento das peças à perseguiçãopolítica e à represália eleitoral – desabafou Canindé Barros, ao constatar que os painéis estavam no depósito da Setur. (veja fotos ao longo do texto)
Canindé tem sua base eleitoral na capital maranhense – onde disputa o favoritismo com a filha do prefeito João Castelo (PSDB), Gardeninha Castelo (PSDB). Para ele, o recolhimento das peças seria resultado do incômodo da candidata com o sucesso dos “canindezinhos”.
A propaganda eleitoral é regulamentada pelos tribunais eleitorais, que dispõem de uma comissão específica para tratar do assunto. Os “canindezinhos” foram uma criação do próprio Canindé Barros, seguindo o padrão definido pela Justiça.
Ele garante nunca ter sido notificado pela Justiça Eleitoral sobre qualquer irregularidade em suas peças.
– Caberia ao próprio TRE comunicar à minha coordenaçãod e campanha se houvesse irregularidade nas peças. Isso não ocorreu. A apreensão da Setur foi arbitrária e eleitoreira – desabafa o candidato.
Ele anunciou que entrará com uma representação contra a Prefeitura e contra a própria candidata, além de requerer da Justiça Eleitoral a busca e apreensão das peças jogadas no dépósito da Setur.
– Os canindezinhos precisam voltar para as ruas, onde é o seu lugar – relaxa o candidato.