Ícone do site Marco Aurélio D'Eça

Pais & Filhos…

Lobinhos, Rosas e Gardênias são frutos da política patrimonialista culturamente instalada no Maranhão. Filhos e netos herdam os mandatos como coisas de família, modelo que se reproduz interior a dentro.

São estruturas como esta que geram declarações de arrogância e truculência de rebentos encastelados. “Nossa família decidiu…”, diz um deles, em clara resposta ao “Ele vem pro meu lugar…”, afirmado por outra.

E nos jornais se vê que família tal disputará com família qual em Codó, por exemplo. Em outras, como Caxias, mais reprodução de guerras familiares por um poder que jamais alcança o povo.

Quem não tem filhos, ou eles não se demonstram aptos para a herança, reproduz o modelo com sobrinhos, como os Tavares e os Cafeteira.

E até a esquerda oposicionista já caiu no vício da capitania hereditária.

No PDT, o Lago-filho substitui o Lago-pai, como  que vindo da “Europa civilizada” – onde passou a vida – para assumir o trono no reinado constituído com objetivo único de confrontar o outro reinado mais antigo.

No PT, são os Dutra que tentam se perpetuar, na Câmara e nos municípios; ou os Fernandes, que se substituem nos mandatos para manter-se encastelados.

O modelo perpassa as instituições e se instala no Judiciário.

Parentes de desembargadores e juízes dominam as salas de tribunais e os escritórios de advocacia, controlando o Direito e decidindo futuro de causas e questões.

Enquanto isso, os Silva comuns penam em hospitais carcomidos em busca de um auxílio médico que lhe alivie a dor; ou se perdem em delegacias subhumanas em busca de um cadinho de Justiça e paz.

E assim o Maranhão vai seguindo a sua sina, sob o signo de uma mentira incrustrada no solo fértil da região Norte.

Onde o direito de sorrir só é garantido aos sobrenomes.

Como presente de pai para filho…

Sair da versão mobile