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Os “mesmos” como alvos da “Bengala”…

Foi um ato pessoal do deputado Carlos Alberto Milhomem (DEM) a luta pela aprovação da PEC que amplia para 75 anos o limite para aposentadoria compulsória de servidores públicos e membros do Judiciário.

Não havia interesse algum nos altos escalões do poder Executivo, da classe política e do próprio Judiciário na aprovação de medida.

Sem ela, uma penca de substituições no Tribunal de Justiça, no Tribunal Eleitoral e no Tribunal de Contas seriam processadas nos próximos 12 meses – a maioria por indicação política.

E foi isso que Milhomem buscou evitar com a sua proposta.

– São sempe os mesmos a indicar e são sempre os mesmos a serem contemplados – resumiu o parlamentar, evitando aprofundar-se no pano de fundo que cerca a polêmica em torno da “Bengala”.

Os “mesmos”, na interpretação deste blog, são aqueles que indicam e são indicados para tais postos – agraciando apenas sobrenomes, beneficiando uns poucos e promovendo o verdadeiro engessamento das classes populares às instâncias de poder.

Se a PEC da Bengala for derrubada na Justiça, duas vagas devem ser abertas no Tribunal de Contas em 2012. Para elas já há uma “ruma” de pré-candidatos, de deputados estaduais a parentes de A, B ou C na hierarquia de poder.

“Os mesmos” de sempre, como definiu Milhomem.

Outras tantas vagas serão abertas no Tribunal de Justiça – sem contar as que estão na “reserva técnica” desde que a Assembléia aprovou mais três postos de desembargador no tribunal maranhense.

E “os mesmos” de sempre também estão na disputa.

O que Tatá Milhomem fez, com sua ação quase kamikase, foi adiar a posse destes “mesmos”. Pelo menos em mais cinco anos.

E, em cinco anos, tudo pode acontecer…

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