Não passou de um espetáculo personalista a tentativa de reunião dos deputados estaduais com os “líderes” do movimento grevista de policiais e bombeiros militares, hoje, na Assembléia Legislativa.
Um representante da Federação Nacional de Cabos e Soldados, que veio da Bahia, danou-se a falar sem parar e praticamente não deu espaços para que os deputados se posicionassem.
Pior: apenas se submeteram a cantilena teórica do pracinha
De tudo entendia o homem: tentava vender a idéia de conhecimento absoluto dos supostos direitos dos militares e fez questão de ressaltar as credenciais de experiente participante de movimentos parecidos, em vários estados do Brasil.
– Jamais aceitaria tratar de greve de policial maranhense com alguém “da União Soviética” – comentou o deputado Carlos Alberto Milhomem (PSD), irritado com a abertura dada ao “estrangeiro”.
Com a desenvoltura do insuflador grevista, os deputados só tiveram a chance de garantir a permanência dos militares na Assembléia, que se transformou no acampamento do movimento.
– Se o governo não agir rápido, seja para o que for, a coisa pode degringolar – alertou Milhomem.
E que o tiver se der feito, tem que ser feito logo.