Este blog já defendeu publicamente a privatização da Companhia de Saneamento Ambiental (Caema) como única forma de garantir a qualidade na prestação de seus serviços. (Relembre aqui)
Como empresa vinculada ao controle público, a Caema serve apenas de sumidouro de recursos, com péssima atuação nos setores em que se propõe participar e engessada pela burocracia e incapacidade técnica características do serviço público.
Ontem, exatamente quando se divulgou mais um rompimento da adutora do Sistema Italuis, o secretário chefe da Casa Civil do govenro Roseana Sarney (PMDB), João Guilherme Abreu, também defendeu a privatização da Caema, em entrevista ao jornal O Imparcial.
Homem de negócios, empresário de sucesso, João Abreu não vê o trabalho da Caema apenas pela ótica do serviço público – com recursos a fundo perdido, falta de transparência na prestação de contas e ações paquidérmicas no dia-dia.
Para o chefe da Casa Civil, todas as empresas públicas precisam ter metas de eficiência e viver da cobrança intensa por resultados.
Um exemplo de privatização bem-sucedida é a Cemar, hoje uma das companhias mais eficientes do país, com constante aprimoramento de sua prestação de serviços e investimentos maciços em tecnologia.
A manutenção do vínculo da Caema com o estado só interessa a grupos interessados no aparelhamento dos sistemas públicos e a sindicatos, preocupados apenas em arrancar o último centavo dos cofres públicos, em ações constantes de revisão salarial e perdas por isso e por aquilo – uma característica universal do serviço público, em todos os níveis.
João Abreu está corretíssimo em defender a privatização da Caema.
E o próximo governador, seja ele quem for, tem obriugação de, pelo menos, abrir o debate sobre a qualidade do serviço prestado pela companhia – e saídas para melhoria desses serviços.
A menos que queria continuar usando a empresa para interesses políticos ou sindicais.
É simples assim…