Mas a polícia pretende chamar diretores do banco para dar explicações, sobretudo diante de novas revelações a respeito do esquema, comandado por uma de suas gerentes, Raimunda Célia de Abreu, tida como foragida.
Desde que estourou o escândalo, o Bradesco tentou se eximir ao máximo, evitando, inclusive, ter o nome da instituição citado no caso.
A preocupação com o abafa tinha sentido: seria ruim para o banco ter seu nome envolvido em um escândalo que demonstrava claramente a fragilidade de seu sistema de segurança na guarda do dinheiro dos clientes.
O golpe afeta diretamente a credibilidade do Bradesco.
Afinal, Raimunda Célia operava com diversas contas, transferindo dinheiro de umas para outras sem que os titulares sequer percebessem.
Mas acabou perdendo o controle da situação e teve que recorrer a agiotas para repor fortunas tiradas de contas de figurões.
E foi então que o caso estourou.
A polícia suspeita que posa ter existido conivência do banco com Raimunda Célia – e até uma certa proteção a ela – até para que ela não contasse, de fato, como tudo funcionava.
O fato é que, com a divulgação do cheque de R$ 1,16 milhão que está em mão de um desses agiotas, o Bradesco entrou definitivamente no olho do furacão.
E terá que se rebolar para sair…