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Margem de erro e viés de queda nas pesquisas eleitorais…

A leitura correta da pesquisa Econométrica, divulgada domingo pelo jornal O Imparcial, não pode ignorar a margem de erro do levantamento.

Aplicando-se esta margem, significa dizer que o comunista Flávio Dino tem hoje entre 47,5% e 53,7% das intenções de votos do eleitorado maranhense. Seu principal adversário, Lobão Filho (PMDB), pode estar com 27,9% ou com até 34,1%.

É a margem de erro de uma pesquisa – combinada com o seu intervalo de confiança, que neste levantamento é de 95% – que garante o alcance e a segurança de seu método.

Em linguagem simples, o que isso significa?

Significa que a pesquisa Econométrica tem 95% de certeza de que os dois candidatos estão em um patamar que varia entre estes índices citados acima.

Mas aí entra outra questão relativa às pesquisas: o viés de queda e de crescimento de cada candidato.

Analisando-se todas as pesquisas divulgadas desde o início efetivo da campanha eleitoral, é inquestionável que Lobão Filho tem crescido sistematicamente, levantamento após levantamento. Da mesma forma, não há como negar que Flávio Dino desceu de um patamar que superava os 60% de intenções de votos para um limite de 50% – ou até abaixo disto.

Em outras palavras, Lobão Filho apresenta viés de crescimento; Flávio Dino, viés de queda.

Com base nestes dados, e aplicando o viés de alta a Lobão Filho e o viés de baixa a Dino – como registram, em maior ou menor grau, as pesquisas já divulgadas – é possível admitir que o comunista possa estar hoje com 47,5% das intenções de voto, contra 34,1% de Lobão Filho.

Ou seja, uma diferença que pode ser de apenas 13,4 pontos percentuais.

Tudo isso é possível conjecturar-se com base exatamente na margem de erro da pesquisa (3,1%, para mais ou para menos), e no seu intervalo de confiança (95%).

Todos fatos registrados e oficiais.

E se baseia nestes fatos a convicção do senador José Sarney de que, “em duas semanas, Lobão Filho já estará empatado em primeiro lugar”.

Não entendeu? Entenda aqui…

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