Estamos vivos. Aqui, agora, brilhando com um cristal, somos luzes que faiscam no caos e vozes abrindo um grande canal.
Nós estamos na linha do tiro caçando os dias em horas vazias, vizinhos do cão. Mas sempre rindo e cantando, nunca em vão.
Uma doce família que tem a mania de achar alegria, motivo e razão onde dizem que não.
Aí que tá a mágica, meu irmão!
Tá aqui e agora no ar que rodeia, no som que nos cerca, no olho que vê e não consegue tocar.
Aí que tá o segredo, meu irmão!
Que pulsa no peito, que sente e não julga, que tira do sério e ascende um na cidade, e não dá pra explicar.
Aí que tá o mistério, meu irmão!
Eh, descobrir o que liberta o sol, que faz buraco, furação do escuro, escuro, escura, esquecer ao menos uma noite o medo, o mal real que te segura.
Leve e auto-reverse, plugado no peito, mostrando outro jeito, batendo de frente com o bicho feroz.
Pense quanto impulso vem de tudo ao seu redor.
Pense tudo quanto pode ser melhor…