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Maior festival de rock do estado volta a ser realizado em São Luís

Maranhão Open Air 2022 será realizado a partir do sábado, 12, no Rio Poty Hotel, reunindo grandes nomes do heavy metal mundial, artistas e bandas consagrados internacionalmente e atrações locais e nacionais, em ambiente com piscina, praça de alimentação e várias opções gastronômicas

 

Artistas de peso da cena roqueira internacional estarão em dois de festival no Rio Poty Hotel

Após 10 anos, São Luís volta a receber a partir deste sábado, 12, o Maranhão Open Air, maior festival de rock do estado.

Nesta edição, o MOA, como é conhecido, será realizado na área de lazer do Rio Poty Hotel, com vista para o mar, piscina, praça de alimentação e opções gastronômicas, além de 24 atrações nos dois dias de evento.

Além dos grandes artistas do rock nacional como Shaman, Edu Falaschi, Dorsal Atlântica e Crypta, o MOA terá a participação de atrações internacionais como o guitarrista do Misfits, Doyle Wolfgang von Frankenstein; os ícones do Death Metal Pete Sandoval e David Vincent, ex-intergrantes da banda Mordid Angel;  O quinteto Satan, que reproduz o metal oitentista; e a Mayhem cultuada banda do Black Metal norueguês que foi tema do filme “Lords of Chaos”.

E nada menos que Richie Ramones, da lendária Ramones.

A maioria destes artistas e apresenta pela primeira vez em uma cidade do Nordeste.

O festival também será responsável pela estreia de bandas nacionais na capital maranhense como Gangrena Gasosa, Vazio e Desalmado.

Produzido pela NJ Entretenimento e a Fanzine Produções, esta edição do MOA prevê capacidade para 5 mil pessoas por dia, com segurança e conforto.

Ao preço de R$ 150 por dia, o ingresso solidário está sendo vendido na Bilheteria Digital ou nos pontos de venda Metalheads (Fonte do Ribeirão), Café Teatro Cazumbá (Centro Histórico), Bar do Braz (Turú), Gallery Tattoo (São Luís Shopping e Shopping da Ilha), além do próprio Rio Poty Hotel.

Para mais informações, acesse: www.moafestival.com.br

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São Luís receberá pela primeira vez show do Sepultura com membros originais

Neste sábado, 15, a Casa das Dunas vai ficar pequena para o show dos irmãos Max e Iggor Cavalera, fundadores do Sepultura, umas das maiores bandas de rock pesado do mundo.

Fundada em 1984 em Belo Horizonte pelos irmãos Max e Igor Cavalera, o Sepultura se destacou rapidamente na cena underground brasileira e enquanto o país vivia a efervescência do rock nacional dos anos 80, Max Cavalera carregava seus três primeiros LP´s em viagens para fora do Brasil para divulgar a banda.

Em 1989 a gravadora americana Roadrunner Records e o álbum de estreia foi o Beneath the Remains que projetou a banda mundialmente. 1991 depois de uma extensa turnê mundial e no meio das gravações do álbum Arise, a banda é convidada a tocar na segunda edição do Rock in Rio ao lado do Judas Priest, Megadeth e Guns and Roses.

1996 o Sepultura havia se tornado uma das maiores bandas de rock pesado do mundo, sendo atração principal dos maiores festivais da Europa e EUA. O disco Roots Bloody Roots tinha projetado a banda a um patamar jamais alcançado por um artista brasileiro, com mais de 40 milhões de discos vendidos o Sepultura havia conquistado o lugar entre as dez maiores bandas de rock do mundo, figurando lado a lado de nomes como Metallica, Iron Maiden, Slayer, Megadeth, entre outras.

Em junho de 1996 o enteado de Max Cavalera morre num acidente de carro, toda a família ficou abalada e agenda lotada da banda só piorou a relação entre os músicos.

Max queira um tempo para cuidar da família para depois retomar a tour, porém o clima ficou pesado demais. Em dezembro do mesmo ano Max Cavalera surpreende o mundo e deixa o Sepultura.

Depois disso a banda nunca mais foi a mesma, apesar do esforço do excelente guitarrista Andreas Kisser, que luta para manter o nome da banda em evidência com grandes músicos, porém é praticamente impossível superar o talento e o legado dos irmãos Cavalera na história do Sepultura.

Neste sábado fãs de rock de São Luís e de cidades próximas do norte, nordeste também do interior do Maranhão prometem lotar a Casa das Dunas para ver Max e Iggor Cavalera pela primeira vez em São Luís.

SERVIÇO:

Show Max & Iggor Cavalera – Return do Beneath The Remains & Arise

Local: Casa das Dunas – Av. Litorânea, s/n. Calhau

Data: 15 de junho

Horário: abertura dos portões 18h

Atrações: Max & Iggor Cavalera e banda (BRA/EUA), Tanatron (MA), Delinquentes (PA) e Scrok (PI/MA)

Ingressos primeiro lote: Meia R$ 90,00 – Inteira Social R$ 120,00 + 1kg de alimento (entregue no dia e no local do evento)

Classificação: 14 anos

Pontos de venda: Bilheteria Digital – www.bilheteriadigital.com; Shopping da Ilha – Rio Poty Hotel – Rio Anil Shopping; Loja Over All do Tropical Shopping

Formas de pagamento pelo site: parcelamento em até 12x com cartão de crédito

Realização: Fanzine Produções

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Auto-reverse…

fotoquartaabrac3a7oFelizes, de uma maneira geral.

Estamos vivos. Aqui, agora, brilhando com um cristal, somos luzes que faiscam no caos e vozes abrindo um grande canal.

Nós estamos na linha do tiro caçando os dias em horas vazias, vizinhos do cão. Mas sempre rindo e cantando, nunca em vão.

Uma doce família que tem a mania de achar alegria, motivo e razão onde dizem que não.

Aí que tá a mágica, meu irmão!

Tá aqui e agora no ar que rodeia, no som que nos cerca, no olho que vê e não consegue tocar.

Aí que tá o segredo, meu irmão!

Que pulsa no peito, que sente e não julga, que tira do sério e ascende um na cidade, e não dá pra explicar.

Aí que tá o mistério, meu irmão!

Eh, descobrir o que liberta o sol, que faz buraco, furação do escuro, escuro, escura, esquecer ao menos uma noite o medo, o mal real que te segura.

Leve e auto-reverse, plugado no peito, mostrando outro jeito, batendo de frente com o bicho feroz.

Pense quanto impulso vem de tudo ao seu redor.

Pense tudo quanto pode ser melhor…

Música: O Rappa
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O choro da balalaika…

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Balalaika é uma espécie de guitarra de três cordas, tipicamente russa, tocada em canções de lamentos desde 0 século XV.

O instrumento é citado no verso “O sino de liberdade pela paz da mente/ Deixe sua balalaica cantar/ O que a minha guitarra quer dizer” (The freedom bell for peace of mind Let your balalaika sing What my guitar wants to say) da música Ventos da Mudança (Wind Of Change), da banda alemã Scorpions, que trata da esperança pelas mudanças na Europa pós-queda do muro de Berlim.

Já a música “Eu quero me libertar” (I Want To Break Free), da banda inglesa Queen, é tocada toda com a balalaika.

Tal música também fala de liberdade e libertação, com versos fortes interpretados na voz inesquecível de Fred Mercury.

– Eu quero me libertar. Eu quero me libertar das suas mentiras. Você é tão auto-suficiente, eu não preciso de você. Eu tenho que me libertar. Deus sabe, Deus sabe que eu quero me libertar – diz o verso inicial da canção.

Dois clássicos dos anos 80, Wind Of Change e I Want To Break Free são coincidentes não só pela referência poética ou prática à balalaika russa, mas pela própria inspiração na mudança e na liberdade que esta mudança deveria representar sempre.

– O vento da mudança sopra direto na cara do tempo, como uma tempestade de vento que irá tocar – finaliza o verso dos Scorpions.

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“inútil”…

A gente não sabemos escolher presidente; a gente não sabemos tomar conta da gente. A gente não sabemos nem escovar “os dente”.

Tem gringo pensando que nóis é indigente…

“Inúteu”! A gente somos “inúteu”!

A gente faz carro e não sabe guiar; a gente faz trilho e não tem trem prá botar. A gente faz filho e não consegue criar.

A gente pede grana e não consegue pagar…

“Inúteu”! A gente somos “inúteu”!

A gente faz música e não consegue cantar; a gente escreve livro e não consegue publicar. A gente escreve peça e não consegue encenar.

A gente joga bola e não consegue ganhar…

“Inúteu”! A gente somos “inúteu”!

Letra e música: “Ultraje a Rigor”
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Maria de Jesus…

Maria de Jesus ta virando bicho
No meio da feira tá catando lixo
Maria de Jesus não tem onde more
Na sacola fruta podre para alimentar a prole

Quem viu, quem verá?
Que esse dinheiro não bastava
Que a mão que ascende a brasa
É a mesma que apaga

Quem viu, quem verá?
Os moleques na calçada
Os sinais de olhos vermelhos
Espera na encruzinhada

Quem viu, quem verá?
Tem tomate tem cebola
Um pedaço de cenoura
Por neném não chorar

Quem viu, quem verà?
No peito tem muita mágoa
De uma vida sempre amarga
É suportar e suportar

Maria de Jesus ta virando bicho
No meio da feira ta catando lixo
Maria de Jesus não tem onde more
Na sacola fruta podre para alimentar a prole

Letra e música de Beto Ehongue, da banda Nego Ka’apor
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Quinze minutos de fama…

Quinze minutos de fama.

Mais um pros comerciais.

Quinze minutos de fama.

Depois, descanse em paz.

O gênio da última hora, é o idiota do ano seguinte. O último novo-rico, é o mais novo pedinte.

 A melhor banda de todos os tempos da última semana. O melhor disco brasileiro de música americana. O melhor disco dos últimos anos de sucessos do passado. O maior sucesso de todos os tempos entre os dez maiores fracassos.

Não importa a contradição, o que importa é televisão. Dizem que não há nada que você não se acostume. Cala a boca e aumenta o volume então.

 As músicas mais pedidas.

 Os discos que vendem mais.

As novidades antigas.

Nas páginas do jornais.

Um idiota em inglês, se é um idiota, é bem menos que nós. Um idiota em inglês é bem melhor do que eu e vocês.

Os bons meninos de hoje eram os rebeldes da outra estação. O ilustre desconhecido é o novo ídolo do próximo verão.

A melhor banda de todos os tempos da última semana; o melhor disco brasileiro de música americana. O melhor disco dos últimos anos de sucessos do passado.

O maior sucesso de todos os tempos entre os dez maiores fracassos…

Adaptação estética de “A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana”
Letra e música: Titãs
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Só vascaínos… de qualidade inquestionável!

Paulinho e Martinho: dois vascaínos do samba

Para um dia de domingo com decisão de Copa América e jogo do Vasco da Gama, nada melhor que ouvir música de qualidade.

E com vascainos no gogó.

Fernanda Abreu: todo o swing carioca

Logo de manhã, para acompanhar o churrasco e a caipirinha, Paulinho da Viola dá o  toque clássico com seus sambas  reconhecidos mundialmente.

 Músicas como “Foi um rio que passou em minha vida”, ou “Ainda mais” são excelentes para iniciar a manhã de sol.

Para os adeptos da cerveja, outra opção é  Martinho da Vila, outro vascaíno do samba carioca.

Os saudosistas da Jovem Guarda podem optar pelo Tremendão Erasmo Carlos.

Ou seu parceiro inesquecível e outro vascaíno famoso:  simplesmente o Rei Roberto Carlos.

Eramos: Tremendo vascaíno

No meio do jogo com o Atlético Mineiro, a pedida é ouvir algo mais  denso.

RC dispensa comentários...

O swing carioca de Fernanda Abreu dá o ritmo da vitória vascaína.

E já no final da tarde, para relaxar, nada melhor do que a “bossa” de Luís Melodia.

São artistas para todos os gostos, de qualidade inquestionável. Coisa que só a nação vascaína pode oferecer.

Ah, e a decisão da Copa América?!?

Esta não tem a menor importância…

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A cultura do Futebol…

Todo domingo, o programa “Fantástico”, da Rede Globo, tem um quadro que homenageia o cancioneiro brasileiro por meio do jogadores de futebol profissional do país.

Quem faz três gols em uma partida tem direito a pedir música, que é tocada durante a sessão “Gols do Fantástico”, apresentado por Tadeu Schmidt.

O festival de canções também revela um pouco da cultura musical brasileira. Os jogadores representam, em certa medida, a capacidade musical que tem o povo que habita o país.

Em sua maioria, as músicas pedidas vão do Pseudo-forró eletrônico ao Pagode, passando pelo Sertanejo Universitário (?), pelo breguérrimo Arrocha, pelo Axé e pelas histriônicas canções religiosas – católicas ou evangélicas.

Nada se vê de um Chico Buarque, um Milton Nascimento, um Gonzaguinha; nada se vê de um pop-rock do Legião Urbana, dos Paralamas ou do Capital Inicial. Ou mesmo as  chatinhas MPB de Adriana Calcanhoto, Maria Gadú e companhia.

Pop internacional – como U2 e Radiohead – ou clássicos como Guns i’n Roses, Queen e outros, nem pensar!

O gosto musical também revela o nível cultural e social do indivíduo.

Ninguém vê, em praias nos fins de semana, em portas de bar ou postos de gasolina um indivíduo com seu carro abarrotado de auto-falantes tocando um… Caetano Veloso, por exemplo!

É só o batidão do funk, a deseducação do Aviões do Forró & Cia ou a poluição sonora do pagode paulista.

E o futebol reflete isso.

São, em sua maioria, garotos pobres, com muito talento para o esporte e nenhum cérebro.

Que convivem em comunidades pobres, em meio aos “rebolations” e “quero não, posso não” da vida. Que deixam de estudar para se dedicar ao que pode mudar sua vida, levando mundo a fora a carga cultural apreendida.

Quando vencem, estes garotos passam a formar a elite econômica do país.

Embora sem formação cultural básica, falam até três ou quatro idiomas, têm milhões de dólares na conta bancária, mansões nas metropóles e espaço nos programas com maior audiência.

Formadores de opinião, passam a exibir seu gosto pessoal nestes espaços.

E influenciam quanto ao jeito de vestir, de falar  e quanto ao gosto musical, abrindo espaços para estes tipos musicais e formando outras gerações de brasileiros.

E o círculo vicioso da música descartável continua.

Em horário nobre…