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Enfim, o patrimônio pode avançar na história…

Kátia Bogéa: o tempo passou, ela só precisava perceber

Editorial

Foi um Deus-nos-acuda.

O anúncio de que a chefe do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Maranhão, Kátia Bogéa, iria, finalmente deixar o cargo – após mai de 30 anos – mobilizou jornalistas, “intelectuais”, historiadores, pesquisadores, e até instituições como Ufma e Academia Maranhense de Letras.

Coisas do Maranhão patrimonialista.

Mas este blog não entende assim.

Para este blog, já passava da hora de uma mudança de métodos, conceitos e práticas no Iphan maranhense.

Bogéa representava o supra-sumo de uma época que já ficou para trás e cujos resultados, no entender deste blog, apenas atravancaram o desenvolvimento urbanístico, sobretudo em São Luís, em nome de uma preservação do nada.

Casarão decrépito no Centro Histórico: símbolo de uma era que já ficou para trás

Em qualquer lugar da Europa moderna, patrimônio histórico é visto como mais um motivo para atrair turistas e divisas para as cidades: e devem representar um símbolo do que foi a cidade, e não a cidade como um todo.

Por isso, na Europa, os traços da histórias são cercados de modernidade, conforto, tecnologia, que possam tornar o passeio e a vista confortável ao cidadão.

Infelizmente, Kátia Bogéa entendia diferente, e exigia do Centro Histórico um congelamento no tempo e na história, esforço impossível de ser alcançado na preservação – e com resultado urbanístico, cultural e histórico quase nulo. 

O resultado eram prédios cada vez mais degradados, espaços totalmente destruídos, mas com “o purismo” de seus traços preservados,  ainda que em forma decrépita e fétida.

Mas tinham que estar lá, do jeito que Bogéa e sua equipe imaginavam ser nos séculos XVI, XVII,  XVIII.

Centro Histórico de Berlim: preservação com tecnologia e vida econômica pujante

Ainda que as tecnologias de preservação avançassem, os conceitos dos que cuidavam do patrimônio – Bogéa à frente – permaneciam estacionados 300 anos antes.

Há tempos São Luís já merece uma ponte até Alcântara, impedida pela ideia de preservação do patrimônio.

Há tempos o Centro Histórico já merece a modernização de seus espaços, preservando apenas aquilo que representa o ciclo da história da cidade, mas dando ao nativo e ao visitante condições de estar e de ficar; de ir ir vir.

Mas a ideia de preservação estabelecida no Iphan impedia esse avanço.

Felizmente, a própria Kátia Bogéa compreendeu a passagem do tempo e declarou que vai pedir a sua aposentadoria.

Que ela possa descansar e conhecer os avanços da história no mundo.

Para desespero dos seus defensores saudosistas…

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