Ex-governadora Roseana Sarney e ex-senador Edinho Lobão – que devem puxar a votação do partido à Câmara Federal – têm posição divergente das lideranças mais antigas do partido, que tendem a se alinhar ao vice-governador por sobrevivência política
Ex-sarneysista, o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) tem atuado fortemente para atrair ao seu palanque o MDB, maior partido do chamado Grupo Sarney; já conseguiu apoio de lideranças tradicionais, muitos em busca da salvação do próprio mandato eleitoral, como os deputados estaduais Arnaldo Melo e Socorro Waquim.
Mas o sonho de Brandão é ter no palanque nomes de peso do emedebismo maranhense, como a ex-governadora Roseana Sarney e o ex-senador Edinho Lobão, apontados como prováveis campeões de voto entre os candidatos a deputado federal.
É pouco provável, porém, que Brandão consiga ter os dois candidatos em sua campanha.
Roseana tem apontado que prefere ficar neutra, ao menos no primeiro turno das eleições para o governo; Edinho, por sua vez, já declarou apoio à candidatura do senador Weverton Rocha (PDT).
Historicamente vinculado ao sarneysismo, Carlos Brandão se afastou do grupo após traição do ex-governador José Reinaldo Tavares a Roseana, em 2003; nesse meio-tempo, perdeu espaço entre a ala mais jovem do grupo e precisou do próprio Tavares para se realinhar aos mais antigos do grupo, muitos sequer sem mandato eleitoral.
Sem apoio na base dinista – formada em sua maioria por jovens lideranças, hoje à frente dos principais partidos – o vice-governador tenta dar consistência à sua coligação com partidos sarneysistas.
Mas apenas a ala mais tradicionalista, na qual tem mais espaços…