Ex-governador teme que, durante votação secreta das teses, o apoio ao tampão Carlos Brandão – e à sua própria candidatura de senador – seja derrotado por outras possibilidades dentro do partido; e usa a manipulação do atual comando partidário para tentar reunir apenas a executiva
O ex-governador Flávio Dino (PSB) começou a fazer gestões nos bastidores do PT para tentar ter o controle do encontro de tática que o partido realizará no final de maio, quando definirá seu rumo eleitoral no Maranhão.
Com absoluto poder de manipulação da executiva do partido – toda empregada no Palácio dos Leões – Dino sente-se à vontade para determinar os rumos da legenda, sufocando qualquer movimento contrário aos seus interesses.
Diante da ameaça de teses diferentes das que ele prega – de apoio a ele próprio e ao governador-tampão Carlos Brandão – o ex-governador já admite, inclusive, trabalhar para cancelar o encontro de tática marcado para o dia 29 de maio.
O problema é que os petistas são obrigados a votar todas as teses apresentadas no encontro; e há pelo menos duas teses contrárias ao interesse de Dino: uma a ser levada pelo diretório de São Luís, de apoio à candidatura do senador Weverton Rocha (PDT), e outra que será apresentada por uma das correntes petistas, de apoio à candidatura de Paulo Romão ao Senado.
Se as duas teses forem aprovadas no encontro, apenas uma intervenção da direção nacional mudará o contexto da aliança petista, o que seria, de qualquer forma, um desgaste para Flávio Dino e seu candidato.
Para evitar ter que recorrer à força, Dino quer usar seu próprio encontro, do próximo sábado, 14, como primeira etapa do encontro de tática.
E no dia 29, apenas a Executiva se reuniria – também sob o comando de Dino – para homologar o que ele decidiu sozinho.
Será o PT sendo PT no Maranhão…