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2o anos sem outras opções no Brasil…

Embate eleitoral entre PT e PSDB se repete pela sexta vez consecutiva; e mostra a falta de alternativa política no país

 

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Lula e FHC iniciaram o embate, ainda em 1994

São seis eleições  diretas em que o brasileiro só tem duas escolhas: votar no PT ou no PSDB.

Desde 1994 os dois partidos se digladiam num embate ideológico que divide o país entre ricos e pobres; entre a importância da Economia e a força dos investimentos sociais; entre a importância da ascensão das classes menos favorecidas e as garantias ao setor empresarial como gerador de emprego e renda.

Este é o debate essencial que se trava entre petistas e tucanos.

Não se entra aqui em questões como corrupção, compra de votos e outros que tais – contingências clássicas da atividade política.

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Aécio e Dilma man têm a disputa, 20 anos depois…

O debate aqui é: por que o Brasil não consegue ter alternativa entre o conceito liberal de economia de mercado defendido pelos tucanos e a assistência social como prioridade, tese-mestra dos petistas?

As duas forças que poderiam surgir como Terceira Via – PMDB e PSB – sucumbiram à dicotomia tuanco-petista.

Os socialistas fracassaram com a ascensão de Marina Silva, que, exposta à analise mais apurada da opinião pública – diferentemente de 2010 – mostrou-se frágil ideologicamente e sem conteúdo programático consistente.

Já o PMDB, maior partido do Brasil, optou pela atuação coadjuvante em todos os níveis – ora acenando ao PT, ora ao PSDB. E não demonstra o menor interesse, de curto prazo, em disputar o poder central no país.

E assim o país repete neste 2º Turno mais uma batalha eminentemente divisionista.

Que tende a se perpetuar na história…

Marco Aurélio D'Eça

4 Comments

  1. Nada mais falso que isso!
    Esse é o discurso do PT há 6 eleições presidenciais: nós contra eles; sulistas x nordestinos.
    O PSDB nunca foi um partido contra a agenda social, como querem fazer crer os petistas. O plano real foi o maior instrumento de inclusão social dos menos favorecidos na economia.

  2. Isabela Cristina P. Cunha – Aluna do Mestrado na Universidade de Columbia -NY.
    Bem, com esses últimos resultados de pesquisa, eu resolvi sair do muro.
    Se eu tivesse oportunidade, votaria sem a menor dúvida na Dilma no segundo turno. Se você está indeciso, por favor, tire um tempo para refletir na possibilidade de votar 13.
    Acho que a minha opinião é influenciada por onde eu venho e as coisas que eu vi acontecendo enquanto eu crescia. Gente literalmente morrendo de fome no interior, porque afinal, por mais que você quebre coco babaçu, é difícil demais alimentar uma família com os centavos que você recebe por balde.
    Gerações e gerações de mulheres que eram “a menina que trabalha aqui em casa”, porque educação era simplesmente inacessível demais pra essas pessoas. Hoje eu vejo filho de gente pobre sendo geógrafo, professor de primário, engenheiro, matemático, biólogo, e tudo mais. Com uma educação superior, que por mais cheia de problema que seja, traz a entrada pra uma vida mais digna pras suas famílias.
    Eu não acredito em efeito trickle down (as consequencias de maior liberalização vão acabar por chegar nas camadas mais pobres da população), gente. Não acreditei em trickle down quando tava na África do Oeste, e não acredito aqui. Até trickle down, quantas pessoas podem ter morrido de fome? Eu imagino que seja bem mais fácil acreditar em trickle down quando você nunca foi em Belágua do Maranhão, ou mesmo Zé Doca onde eu nasci. Essas pessoas não estão interessadas em quanto custa o dólar, porque enfim, quandos os filhos delas nascem, elas não vão pra Flórida fazer enxoval. Esse povo mais sofrido quer poder comer, ter oportunidades, quer que os filhos deles tenham oportunidades de crescer.
    Fazer gente pobre crescer, você pode chamar isso de populismo, eu chamo de desenvolvimento do capital humano do país. A inflação no Brasil não tá galopando, o nível de desemprego até onde eu sei é mais do que sob controle.
    Tendo dito isso, eu quero dizer que eu sou convicta que a alternância de poder é uma característica fundamental à democracia. Mas vendo o partido que resolveu estabelecer reeleições na democracia brasileira, eu não vejo nenhuma incompatibilidade entre a reeleição da Dilma Rousseff e a democracia brasileira.
    Quisera eu que o concorrente tivesse uma índole ilibada que pudesse ser o símbolo da luta contra a corrupção. Talvez uma pessoa assim me inspirasse a mudar o meu voto, que sempre restou com uma alternativa mais à esquerda. Só que não é.
    Eu tenho plena consciência do enorme privilégio que eu tenho, fruto do esforço e sacrifício não só dos meus pais, Rosane e Clesio, mas também das gerações de pessoas exemplares que vieram antes deles. Felizmente essa consciência me permite entender que na geração dos meus pais nem tanta gente do interior conseguia a educação superior que proporcionou pra Renata e eu uma vida tão diferente da que os meus pais tiveram. Eu realmente acredito que o Brasil está mudando. E está mudando pra melhor sim.
    E claro que eu sei que existe toda uma cadeia de corrupção, não só no governo federal, mas estaduais e municipais também. Como eu disse antes, eu adoraria poder votar na oposição de alma lavada por estar livrando o Brasil da corrupção. O PSDB não vai representar o fim da corrupção no Brasil, como não representou no ultimo governo presidencial deles, como não representa nos estados onde eles governam.
    Cabe à uma sociedade civil, forte, combativa e organizada, pressionar o governo, não só contra a corrupção, mas por outras importantíssimas pautas de Direitos Humanos. Por que convenhamos que corrupção é definitivamente um problema de Direitos Humanos, então tá na hora de cada um de nós tomar essa pauta como nossa e lutar por governos mais limpos, seja no PT, PSDB ou qualquer outro partido.
    No mais, eu respeito a opinião dos meus amigos que acham que mais 4 anos de PT o governo vai trazer o apocalipse pro Brasil. Também pensaram quando o Lula assumiu o governo em 2003. Não teve calote do FMI, não teve moratória, as pessoas não morreram de fome (ao contrário) e tem mais e mais gente podendo viajar pro exterior (inclusive eu). Então é isso. Só queria deixar de fazer de conta que eu não tinha uma opinião muito definida sobre essa eleição.
    Um beijo

  3. Marco precisamos do seu voto qualificado, 45, vamos mudar, o PT já deu sua contribuição, 12 anos cansou.

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