Os tucanos maranhenses reclamam nos bastidores – curiosamente, evitam comentar oficialmente – da falta de espaço para o partido no futuro governo Flávio Dino.
Tucanos maranhenses: desprestígio
A única pasta a ser ocupada pela legenda – a de Desenvolvimento Social, cujo indicado é o deputado estadual Neto Evangelista – não foi, necessariamente, uma retribuição ao PSDB pela força na propaganda eleitoral que deu ao PCdoB nas eleições.
Na verdade, Evangelista foi escolhido por duas razões, pessoais, do próprio governador eleito:
1 – o deputado abrirá vaga na Assembleia para o suplente Rafael Leitoa (PDT), sobrinho de Chico Leitoa (PDT), um dos principais aliados de Dino.
2 – Ao deputado foi exigido que abrisse mão da campanha de 2016, o que, em tese, tira também o PSDB do páreo da sucessão do prefeito Edivaldo Júnior (PTC).
O PSDB ainda tentou emplacar o futuro suplente de senador Pinto Itamaraty em um posto no futuro governo. Mas ouviu de Flávio Dino que o indicado não tinha perfil para o governo.
Como o vice-governador eleito, Carlos Brandão, nada fez para garantir espaços de poder aos tucanos na gestão dinista, a raiva dos correligionários sobra para ele.