Setores da imprensa alinhados à candidatura do governador-tampão reproduzem o discurso do Palácio dos Leões, ora dizendo que o deputado federal não tem cacife para levar todos os prefeitos à aliança com o senador, ora afirmando que ele só tem meros “3% dos votos”
Editorial
O Palácio dos Leões montou uma estratégia para minimizar o impacto do apoio do deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL) ao senador Weverton Rocha (PDT).
Ainda atordoado com a decisão, os Leões tentam construir um discurso duplo, reverberado pela parte da imprensa alinhada à candidatura do governador-tampão Carlos Brandão (PSB).
O discurso é de desdém em relação à aliança.
Ora os aliados de tampão dizem que Josimar Maranhãozinho não tem cacife para levar todos os seus prefeitos para Weverton, ora dizem que ele tem apenas meros 3% dos votos, “insignificantes para tamanha festa na campanha de Weverton”.
A postura da campanha de Brandão demonstra claramente o incômodo com a formação da Frente Ampla por Weverton.
Ainda que Josimar detivesse apenas “meros 3% dos votos”, como dizem os brandonistas, estes 3% seriam suficientes para garantir a presença de Weverton Rocha em segundo turno, como primeiro colocado.
E chegar em primeiro lugar ao segundo turno pode ser a chave para a vitória, uma vez que, no caso da oposição, gera um claro efeito manada pela expectativa de poder.
É óbvio que o aparente desdém do governo Brandão na verdade esconde o despeito pela perda do apoio de Josimar.
E a cada vez que tentam demonstrar indiferença à aliança, mais mostram que acusaram fortemente o golpe.
É simples assim…