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A guerra surda entre Flávio Dino e Carlos Brandão

Senador eleito percebe os movimentos do governador, de esvaziamento das posições comunistas no Maranhão, e também movimenta seu grupo na tentativa de forçar uma resposta pública, tendo como pano de fundo a disputa na Assembleia Legislativa; e ambos vão empurrando com a barriga até fevereiro, quando todos os eleitos em outubro já estarão empossados

 

Brandão tenta dar cara própria ao seu novo governo, mas Dino percebe os movimentos e se faz de morto, aguardando a posse no Ministério da Justiça

Análise da Notícia

A disputa entre o presidente Othelino Neto (PCdoB) e a deputada diplomada Iracema Vale (PSB) pelo comando da Assembleia Legislativa é uma guerra surda travada em um ambiente mais amplo, envolvendo também o senador eleito Flávio Dino e o govenador reeleito Carlos Brandão (ambos do PSB).

Segundo apurou o blog Marco Aurélio d’Eça, esta guerra surda é baseada em uma frase dita no Palácio dos Leões entre os aliados de Brandão: “Brandão não pode cometer o erro do ex-governador José Reinaldo; ele tem que sair da tutela de Dino agora ou, quando tentar mais tarde, já não será possível”.

E a fuga desta tutela significar tirar de Dino postos importantes na esfera do poder, como as secretarias de Comunicação, de Educação e a própria presidência da Assembleia, que tem hoje o comando do aliado comunista Othelino Neto.

Neste jogo, Brandão condicionou a definição do seu primeiro escalão à resolução do problema na Assembleia Legislativa, o que deixa os comunistas sem maergem de manobra.

Prestes a assumir o Ministério da Justiça, Flávio Dino já percebeu este movimento brandonista, mas não passa recibo. Tenta empurrar com  a barriga, pelo menos até fevereiro, quando todos os eleitos em outubro já estarão de posse dos seus mandatos.

É a partir deste momento, com ele já no comando da Justiça, que o senador entende ter mais cacife para realinhar com Brandão os pactos de aliança firmados na reeleição do governador.

E isso passa também pela Assembleia Legislativa…

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