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O silêncio…

Uma bolha sobe do fundo do mar. Uma palavra sobe das funduras do silêncio. Inesperada, emissária de um mundo esquecido.

Nosso mistério, nossa oração. Há palavras que dizemos e outras que se dizem.

Existem em nós, não atendem a nossa voz. “São como o vento que sopra onde quer, se ouvirmos o sopro – palavras de oração”

Pássaro selvagem que mora em nós. Longe do que nós sabemos, no lugar dos sonhos. Fora da morada dos pensamentos.

Temos medo das palavras que se dizem. Por isso falamos, palavras contra palavras.

Quando orares, não sejais como artistas,  “que falam palavras que não são suas, que usam máscaras decoradas”

Entra no silêncio, longe dos outros, que as palavras se dirão, depois da espera.

Entra no silêncio, longe dos muitos e escuta uma única palavra, que irá subir do fundo do mar.

Basta ouvir uma vez.

E depois, o silêncio….

Letra e música: banda Catedral

Marco Aurélio D'Eça

2 Comments

  1. Marco, você esta me deixando assustado. Alias eu só não quase todo mundo, pois ninguem mais posta comentários. Será um medo coletivo, tipo aquele da época em que os homens viviam no fundo da caverna?

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