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Três polêmicas do governo Sarney explicadas pelo próprio…

O blog reproduz hoje trechos da entrevista do senador José Sarney (PMDB) ao jornal gaúcho Zero Hora, na semana em que ele foi elogiado por Lula como um dos responsáveis pela redemocratização do país, de papel fundamental na elaboração da Constituição de 1988:

 

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Sarney com Lula, em sessão do Senado

ZH – O senhor e Tancredo foram eleitos para um mandato de seis anos, mas a esquerda tentou reduzir o seu mandato presidencial para quatro. No final, com a sua concordância, o período foi fixado em cinco anos. Ainda assim, o senhor entrou para a história como o presidente que aumentou o próprio mandato. Como reage diante do fato?

José SarneyTrata-se de uma injustiça muito martelada pela mídia. É algo que lamento profundamente, pois tive o ato generoso de, para facilitar o processo político — seguindo o exemplo do presidente Dutra —, abrir mão de um ano do mandato para o qual Tancredo e eu tínhamos sido eleitos, como consta dos diplomas que recebemos.

2 – ZH – Lideranças daquele período dizem que o senhor garantiu a transição democrática em tempos difíceis. Outros dizem que o país lhe deve “uma certa gratidão”. Mas esse reconhecimento não está associado a sua imagem no imaginário popular. Se sente injustiçado por isso?

SarneyÉ difícil avaliar o que ficará na História. Nos anos seguintes a meu governo, cheguei a ser considerado o melhor presidente de todos os tempos. Hoje, tendo sido vítima de campanhas de difamação, e permanecendo na política, tenho sido avaliado por circunstâncias que nada têm a ver com o meu governo. É claro que essas campanhas, a que não temos como responder, nos ferem e dão um sentimento de injustiça.

3 – ZH – O “mensalão” da época, dizem, era a distribuição de concessões de rádio e TV pelo então ministro Antonio Carlos Magalhães para supostos aliados do seu governo. O senhor foi muito criticado por isso. Como analisa o fato 25 anos depois?

SarneyNunca apareceu um constituinte que tenha dito ter sido cooptado por essa proposta. Além de mentirosa a versão, não tem base em nenhum fato concreto. O ministro das Comunicações sempre a desmentiu. Quanto à quantidade de concessões, ela foi muito inferior à das concedidas nos governos posteriores, no que são atos de rotina administrativa.

Leia aqui a entrevista completa…

Marco Aurélio D'Eça

2 Comments

  1. MEU CARO CARLOS EDUARDO, VOCÊ PRECISA CONHECER NOSSA HISTORIA MELHOR. O EX-PRESIDENTE SARNEY TEVE UM PAPEL FUNDAMENTAL NA TRANSIÇÃO DO REGIME MILITAR PARA A NOSSA DEMOCRACIA. ESSE MARANHENSE DE VALOR TEM QUE SER ELOGIADO E RECONHECIDO COMO FILHO ILUSTRE NÃO SÓ DO MARANHÃO MAS COMO DE TODO O BRASIL. OS MARANHENSES, ALGUNS CEGOS POLITICAMENTE, DÃO VALOR A QUEM NÃO TEM E DEIXAM DE DA PARA QUEM TEM.

  2. Entrevista mais evasiva! Não disse nada. O mesmo de sempre. Não tem como explicar um governo mal sucedido. Tem que ser assim mesmo, com palavras ao vento…

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