Saída do PCdoB só será efetivada pelo governador na hipótese de o Congresso Nacional não aprovar a “Federação Partidária”, sistema que garantiria ao seu atual partido sobrevida nas eleições de 2022
Embora já cantada e decantada em sites e blogs ao longo das últimas semanas, a transferência do governador Flávio Dino (PCdoB) para o PSB ainda não é algo decidido por ele.
Dino classifica essa mudança partidária muito mais como uma “possibilidade” do que uma decisão já tomada.
– Vamos esperar essa votação para definir. Não há muita agonia porque temos prazo, mas a questão principal é essa: convergir, unir e ver quais são as regras do jogo. A mudança para o PSB é uma possibilidade; ainda não é uma decisão – explicou Dino.
A espera de Dino tem uma razão de ser: O Congresso Nacional está votando o projeto que cria as federações partidárias, o que daria sobrevida para o PCdoB em 2022.
Por este sistema, dois ou mais partidos podem se unir em uma espécie de coligação para disputar as eleições; a diferença desta em relação ás antigas coligações – já extintas – é que essas legendas teriam que passar os quatro anos de mandato atuando conjuntamente, como se fosse um partido único, mas independentes em relação às suas concepções doutrinárias e programáticas.
Neste caso, o PCdoB poderia se unir ao PSB numa federação em 2022, mantendo as duas legendas em vida.
– Neste momento, temos 30 partidos representados no Congresso. Então qualquer ideia de união eu acho positiva. O Brasil não pode conviver com apenas dois partidos, isso foi tentado no regime militar com MDB e Arena e não deu certo. Por outro lado, 30 é demais – completou o governador.
A favor da ida de Dino para o PSB pesa o fato de o partido ter maior capilaridade nacional, o que agrada ao projeto presidencial do governador, agora transferido para 2026.
A votação final sobre as federações partidárias deve ser concluída no Congresso ainda em junho.
Após isso, Dino definirá o seu futuro…