O grupo sueco Abba surgiu em 1966, mas sua força mundial é mais característica do final dos anos 70 e início dos anos 80.
Era o final da Era Disco e começo da revolução musical que perpassou toda a década de 80, dominada pela poderosa cena musical inglesa e suas bandas melancólicas – que influenciaram grupos de todo o mundo.
Foi nesta época que alcançaram grande sucesso bandas como New Order, The Smiths e The Cure – todas surgidas a partir das lendárias Joy Division e Depeche Mode.
Mas o Abba também dividia espaço com eles. Até o final dos 80, a banda sueca – cuja sigla é formada pelas iniciais dos nomes do seus integrantes – se manteve como sucesso das chamadas danceterias – sobretudo com Dancing Queen e a belíssima The Winner Takes It Hall – convivendo perfeitamente com bandas mais atuais, como Erasure, Information Society e Pet Shop Boys.
Os anos 90, que carecem de criatividade musical, acabou se transformando numa extensão da década oitentista – período em que prevaleceram a baixa qualidade da melodia e o baixo nível das letras do forró eletrônico e do pagode sem razão.
Nesta época, o balanço dos anos 70 e 80 passa a ser considerado brega, trash, kistch…
Abba resurge com força a partir de meados dos anos 2000, agora cult, como sequência flashback das pistas de dança, ao lado dos clássicos de Tina Charles, Bee Gees, Glória Gaynor, Donna Summer e até as mais recentes, como Cindy Lauper e Madonna.
Hoje não há qualquer tipo de festa – casamento, aniversário, batizados, balada ou mesmo reunião de amigos – que não inclua no repertório os clássicos da banda sueco, misturados aos hits dos anos 80 e até sucessos brega, como Signey Magal, Dominó e Gretchen.
Esta é a força da representatividade do Abba, homenageado daqui a pouco no Centro Histórico.
Emoção que só quem viveu os loucos anos 80 pode descrever…