Se os poderes Executivo e Legislativo não tomarem uma posição drástica, a Polícia Militar do Maranhão terá de fechar as portas.
Os fatos dos últimos meses mostram que a corporação já não tem o respeito interno e vem sendo tratada de acordo com conveniências pessoais por membros do Judiciário.
A absurda greve dos policiais militares é apenas um exemplo que fere de morte a briosa, com a quebra da hierarquia e disciplina.
Outros fatos marcantes de 2011 também imploram por medidas enérgicas e urgentes para se preservar a caserna.
Primeiro foi a determinação judicial para que o comando da PM promovesse diretamente a coronel um capitão que se considera apto ao posto. De acordo com a decisão, o oficial pularia dois postos – major e tenente-coronel – alcançando a mais alta patente com menos de 40 anos.
Depois, a mesma Justiça decretou a ilegalidade da greve dos PMs, mas cruzou os braços, como que se eximindo da responsabilidade de por fim ao movimento.
Por último, a decisão do desembargador Jorge Rachid Mubárack Maluf, que deu a um coronel – com prazo de permanência no posto já vencido – o direito de permanecer na ativa.
Pelas leis que regem a Polícia Militar, um coronel pode ficar no posto por, no máximo, oito anos. É uma forma de garantir a promoção aos que vêm atrás.
Rachid ignorou as regras militares e usou como justificativa o argumento de que “ninguém pode ser aposentado compulsoriamente aos 60 anos”.
Mas se os que estão à frente não saem, o que fazer com os que vêm atrás e também merecem ser promovidos?
Pelo argumento rachidiano, o capitão promovido à jato a coronel, bateria recorde no posto, ficando mais de 30 anos na ativa.
Seria o fim da Polícia Militar do Maranhão…