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Testemunhas de um duplo atropelamento na Litorânea…

Estado do carro após o atropelamento: dificil de identificar

O titular deste blog ouviu no final de semana três testemunhas das mortes por atropelamento na Avenida Litorânea, dia 5 de novembro – que este blog se nega a tratar como acidente.

Uma estudante do curso de Pedagogia do Ceuma do Bequimão, que corria na hora do crime, um taxista que ajudou a controlar os familiares da vítima e um ambulante que viu a batida no garoto Ubiracy relatam, de forma chocante o que ocorreu naquele dia.

Vi quando o carro passou. Estava tão veloz e escuro que nem deu para ver que carro era. Continuei correndo, quando só escutei o barulho da pancada. Um forte barulho, que chamou atenção de todos. Fomos ver e nos deparamos com a cena horrível – conta a estudante do Ceuma. 

O taxista parou o carro imediatamente do outro lado da avenida e correu para ajudar, juntamente com outras pessoas.

O atropelador: As vítimas são as culpadas?

– O rapaz [o atropelador Rodrigo Araújo] saiu do carro se tremendo todo. Estava tão pálido que parecia que não iria se manter em pé. Mas ligou para alguém falando o que aconteceu. Não parecia embriagado. Os familiares das vítimas se agarravam a elas, no chão – revela o taxista.

Relato mais pertubador é o do vendedor ambulante, que presenciou exatamente o atropelamento. São detalhes fortes, mas que precisam ser contados:

– Eles [a família da mulher e do menino] estavam atravessando a avenida. Dois homens atravessaram correndo, quando viram a velocidade do carro. Foi rápido, por que não tinha farol (?). De repente [o veículo subiu] o canteiro. A pancada no garoto foi tão violenta que ele voou. Quando bateu no asfalto, a poça de sangue se formou imediatamente – relata o vendedor.

São testemunhos vivos de quem presenciou o duplo atropelamento.

Este blog não tem a pretensão de formar juízo de valor no caso, ou mesmo que estes dados sejam usados como provas – afinal, a polícia tem seus próprios meios de investigar.

Apenas mostra que o caso não pode ser tratado como mero acidente de trânsito.

Doloso ou não, trata-se de duplo homicídio…