10

A “polêmica” em torno de uma dissertação de mestrado

“Mas será o que o assunto tem profundidade para ser estudado?”, disse a âncora do Jornal do SBT, Raquel Sheherazade, em relação a dissertação de mestrado aprovada em segundo lugar da estudante Mariana Gomes sobre a funkeira Valeska Popozuda.

Acontece que o desconhecimento da jornalista, também reflete o de muitos aqueles que restringem o que deveria e o que não deveria ser objeto de estudo da academia.

E a resposta é: tudo serve de objeto de estudo da academia, a partir do momento em que uma grande população consome ou vive aquele objeto.

Se gosta ou não de funk, o problema não é esse, mas sim a discussão para se chegar ao entendimento de como a noção de feminismo e cultura mudou e como este fato se apresenta na favela. Esta é, em suma, a proposta da estudante.

Um fato que, se a academia ignora e não estuda, ninguém mais o fará. E não será ignorando o fato que ele deixará de existir, independente do gosto de A ou B.

O preconceito e a arrogância dos ditos esclarecidos muitas vezes prejudica o avanços dos estudos e enraíza cada vez mais tabus.

Pois justamente na academia que não deveria ser lugar de ideias arcaicas, mas sim de esclarecimentos.

Marco Aurélio D'Eça

10 Comments

  1. Essa ancorazinha já acha que pode sair por aí definindo o que é e o que não é digno de ser estudado? O Funck é no Rio de Janeiro um fenomeno social, que move alguns milhões de pessoas e outros milhões de reais, portanto é sim objeto de estudo. Essa Raquel já se mostrou um tanto quanto reacionária, as opiniões dela são sempre apelativas ao falso moralismo e ao senso comum. Vai abrir tua mente oh coisa…

  2. Nesse ponto concordo com vc, basta ver os estudos que são feito nos estados unidos, alguns muito engraçados e tem até um quadro no fantastico sobre esses estudos e ninguem diz nada, como é aqui no brasil tudo é motivo de critica né, ai é diferente.

  3. Não é monografia, é Mestrado. Esse é o nível da produção científica brasileira

  4. ahh leklek lek lek lek
    girando, girando, girando prum lado, Girando girando girando pro outro…no passinho

  5. Essa jornalista (Sherazade) esta se notabilizando pelas imbecilidades poferidas.
    Não gosto de funk, não compro e não escuto, mas não podemos negar a improtância do ovimento para a cultura brasileira.
    Precisa ser estudado? Claro! Dona Sherazade.

  6. para Mestrado o trabalho apresentado no final é denominado de dissertação. Já para o doutorado a denominação é tese.

    resp.: corrigido!

  7. Ano passado, a Folha publicou um dado interessante sobre os alunos que são recrutados anualmente pela INTEL, dos cem que foram recrutados, nenhum era brasileiro.
    Deve ser por pro essas e outras que as grandes Cias recorrem a outros mercados em busca de recrutar os melhores talentos, as melhores cabeça ou melhor: gente com cérebro o suficiente que possa contribui com alguma coisa útil para o desenvolvimento das ciências e de novas tecnologias.
    Francamente, confesso que não consigo compreender como alguém pode se prestar um “trabalho” como esse.
    Quanto desperdício!

  8. Essa pesquisa é muito importante para o futuro da humanidade e para o futuro do Brasil. Também é muito importante para a inovação cientifica do país. Com essas e outras pesquisas o Brasil irá dominar o mundo, igual ao Pink e o Cérebro.

  9. Perfeito! Detesto o “funk carioca” e seus respectivos agentes promotores, mas negar a revolução popular e social no qual esse ritmo está inserido é fechar os olhos para a parte feminina mais pobre.
    Elitismo.

  10. Realmente a tese de mestrado sobre uma funkeira muito contribui para nossa sociedade.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *