Caminhando e cantando e seguindo a canção. Somos todos iguais, braços dados ou não. Nas escolas, nas ruas, campos, construções: caminhando e cantando, e seguindo a canção.
Vem, vamos embora que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Pelos campos há fome em grandes plantações. Pelas ruas marchando, indecisos cordões. Ainda fazem da flor seu mais forte refrão. E acreditam nas flores vencendo o canhão.
Vem, vamos embora que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora não espera acontecer.
Há soldados armados, amados ou não. Quase todos perdidos de armas na mão. Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição: de morrer pela pátria e viver sem razão.
Vem, vamos embora que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Nas escolas, nas ruas, campos, construções. Somos todos soldados, armados ou não. Caminhando e cantando e seguindo a canção. Somos todos iguais, braços dados ou não.
Os amores na mente, as flores no chão. A certeza na frente, a história na mão. Caminhando e cantando e seguindo a canção. Aprendendo e ensinando uma nova lição.
Vem, vamos embora que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer…
Letra e música: Geraldo Vandré