A festa do Bonde encerrada pela polícia
Por Herbeth Morais
Semana passada, a Polícia Militar, num competente trabalho de investigação, montado pelo operacional Comandante do CPM, coronel Pedro Ribeiro, foi desmontada mais uma “festinha do mal”, organizada pelo já famoso “bonde dos 40”.
Na ocasião, 80 participantes foram conduzidos ao distrito policial sob a suspeita de fazerem parte daquela organização criminosa.
Curioso é que, ao serem identificados na delegacia percebeu-se que boa parte daqueles que estavam ali (não estamos nos referindo somente aos menores), já havia sido presa em outra operação ocorrida ano passado, na qual foram presas 130 pessoas.
Ora, estas ações da polícia militar são constantes; entretanto, mal a polícia prende esses marginais, logo, logo, eles estão de volta às ruas. Virou cantiga de grilo: a polícia prende a justiça solta na mesma hora.
É preciso que a Desembargadora Corregedora de Justiça, Drª Nelma Sarney, sempre atenta a essas questões de falta de comportamento ético por parte dos magistrados, mande verificar com urgência o que está ocorrendo. Segundo rumores nos bastidores do próprio judiciário, existe até uma tabela usada nos plantões de finais de semana para a soltura de criminosos. Se o flagrante for de drogas, por exemplo, dependendo da quantidade, a venda do habeas corpus varia entre 70 a 100 mil reais.
Fato ou pura especulação, na dúvida, é melhor a Corregedoria de Justiça determinar rigorosa apuração.
A sociedade com certeza agradece….
O Poder Judiciário é incompreendido porque, ao contrário do Legislativo e do Executivo, não tem integrantes eleitos pelo voto popular. Por isso, ele é naturalmente contramajoritário, isto é, o juiz tem a função de aplicar a Constituição na defesa das minorias, sempre que as maiorias ocasionais tentam afrontar direito e garantias fundamentais.
A legislação e o Poder Executivo tem culpa no Cartório. Pode até haver um ou outro magistrado corrupto, mas NÃO se pode generalizar. Primeiro, porque se ingressa na carreira de Juiz via concurso dificílimo, onde há rigorosa investigação da vida pregressa, com atuação da Polícia Federal, Abin e Polícia Civil. Segundo, porque Pesquisa FGV mostra que, dos 3 Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), aquele em que a população mais confia é o Judiciário, apesar dos pesares. Então vamos ponderar.
Abraços
por favor deixe de falar besteira a culpa não e do judiciário e sim do seu senador e deputado federal que vc elegeu ou melhor nós elegemos que não mudam essa lei. e vou dizer mais, vejo cada absurdo de delegacia que chegar para querer dar flagrante, que qualquer leigo ver logo que não ficará preso nem duas hora. então precisa mudar a lei, com leis fortes e cumpridas não haverá “tabelas” acho que falar sem provas e complicado. quando falar mostre não só fale.
Acho que tem que se observar também se o auto de prisão foi feito corretamente e se o tipo de crime a eles indiciados nao e passivo de liberdade provisória. Esta me parecendo mais erro na legislação em vigor que venda de alvará de soltura. Pois pelo perfil dos presos nessas festas é pouco provável que sejam possuidores dessas cinfras.
Deça,
Meus parabens, uma das melhores matérias já publicadas por vossa pessoa. Acredito sim, que haja essa tal tabela, infelizmente a corrupção e desvio de conduta estão em todas as áreas, exemplo é a reportagem do fantástico referente aos médicos/próteses.
Aguarde que a associação corporativista dos semi-deuses, já devem estar preparando uma nota, informando que isso não existe e nunca existiu, afinal de contas, eles são perfeitos, não?
CNJ tem que saber dessa matéria urgentemente, se é, que tomarão alguma providência.