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#chateado…

Do alto da sua (pseudo)perfeição, o governador Flávio Dino (PCdoB) recorreu à Justiça para destilar sua raiva contra aqueles que o criticam. Tolerância (e senso de humor) zero com quem ousar contestar, via web, a sua conduta “irretocável”.

Por outro lado, o governo segue acalentando um batalhão de seguidores (literalmente virtuais), sempre a postos para defendê-lo com unhas e dentes, tentando desqualificar qualquer sátira, crítica ou mesmo fato (isso mesmo, fato) que manchem a imagem “imaculada” do patrão.

É fato, por exemplo, que o hoje governador comemora a repressão palaciana, via judicial, a pessoas que decidiram criticá-lo no Facebook. São perfis que optaram pelo anonimato, obviamente por temor a represálias. Assim como “anônimos” são diversos e notórios agentes virtuais governistas.

flávio-dino-440x330Assim se mostra a hermenêutica do governo sobre o livre pensamento: do lado governista, tudo é permitido: censurar, criticar, ofender, atacar. Do lado oposto, vale a lei da mordaça, a tolerância zero”

 

O processo que derrubou judicialmente os perfis “Dino, o falso profeta” e “Flávio Dino Bolado”, impetrado em 2014 – quando Dino era candidato ao governo, conforme frisado em reportagem publicada ontem por O Estado -, foi um claro golpe à liberdade de expressão.

Ao recorrer da sentença, o próprio Facebook argumentou que a retirada do conteúdo integral dos perfis seria uma ofensa a “diversos direitos constitucionais, tais quais a liberdade de expressão e a livre manifestação de pensamento”.

Liberdade esta, aliás, exercida diariamente e freneticamente pela alta cúpula do poder estadual, inclusive com palavras ofensivas e adjetivos inadequados a quem deveria dar exemplo de ética e compostura.

Assim se mostra a hermenêutica do governo sobre o livre pensamento: do lado governista, tudo é permitido: censurar, criticar, ofender, atacar. Do lado oposto, vale a lei da mordaça, a tolerância zero.

É como disse sabiamente certa feita o pensador e político Roberto Campos: “Os fatos não comovem. Incomodam”.

Da coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhão, com ilustração do blog

Marco Aurélio D'Eça

4 Comments

  1. Qualirão tá saindo do guarda-roupa (armário não cabe) e dando chiliques. Uiiiiii. Assume que é melhor, mona!

  2. É um Stalinista, esperar o que? Quando lembro que me deixei enganar e votei nessa praga! Mas como diz o pessoal do Judiciário, como é mesmo? Ah, #flaviodinonuncamais.

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