Encurralados por Brandão, dinistas perdem cada vez mais capacidade de reação…

Sem estruturas de poder no estado que possam ajudar no contraponto, aliados do ministro do STF veem cada vez mais esvaziado o seu projeto de poder para 2026

 

TODOS DE OLHO NELE. O menor movimento político de Flávio Dino gerou um constrangimento nacional para seus aliados

Pensata

Desde que começou o intenso bombardeio político-midiático do governador Carlos Brandão (PSB), os aliados do vice-governador Felipe Camarão (PT) – remanescentes do legado do agora ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino – veem cada vez mais esvaziado o seu projeto de poder para 2026.

E não demonstram qualquer capacidade de reação.

  • cada vez mais intensos, os ataques brandonistas agora atingem diretamente o próprio Camarão;
  • o objetivo é muito claro de buscar a inviabilização tanto política quanto eleitoral do vice-governador.

Flávio Dino construiu um legado político formado sobretudo com discípulos dispostos a quebrar lanças por ele. A partir deste grupo, imaginava poder dobrar Brandão a qualquer tempo, garantindo a retomada do poder em 2026.

Mas com sua ação política absolutamente dependente do Governo do Estado, este grupo ficou sem poder de pressão contra o governador, dono da máquina e dos cargos em todas as instâncias de poder.

A partir do momento em que Brandão percebeu que a melhor defesa contra as investidas Dinistas seria exatamente o ataque – duro, firme, seco e certeiro – passou a atacar sem piedade, em todas as frentes.

  • o governador tem o controle absoluto da classe política, com apoio integral da Assembleia Legislativa e da maioria das prefeituras;
  • também tem o controle de comunicação e midiático, com parcerias de peso nas emissoras de TV, rádio, jornal e blogosfera;
  • e tem o controle das estruturas de investigação, de segurança, de contrarresposta e de inteligência, que o mantém informado.

Este blog Marco Aurélio d’Eça diz desde 2024 que Brandão tem o controle total de sua própria sucessão.

Só não imaginava que os dinistas fossem transformados em pó, assim, tão rapidamente.

E sem nenhuma reação imaginável…

Temor de Brandão é ser abandonado na eleição…

Governador monitora seu desempenho para a eleição de senador e vê números promissores, mas foi convencido por aliados de que, fora do mandato, será esquecido pelo substituto no Palácio dos Leões

 

SOZINHO E SEM MANDATO. Brandão até sonha com o Senado, mas seu aliados o advertem que Camarão pode largá-lo à própria sorte na campanha

Análise da Notícia

Os aliados e familiares do governador Carlos Brandão (PSB) vivem uma espécie de paradoxo em relação ao seu futuro político; ao mesmo tempo em que celebram pesquisas que mostram o líder político com índices nas alturas para o Senado, expõem temor de que, renunciando ao mandato, será abandonado na campanha eleitoral.

  • um exemplo das pesquisas é a do Instituto Econométrica, que dá quase 55% de intenções de votos a Brandão para o Senado;
  •  o contraponto é a fala do deputado Dr. Yglésio à Folha de S. Paulo, afirmando que Brandão não confia no vice, Felipe Camarão.

“Vejo claramente que o governador não confia no Felipe para sucessão, acha que será perseguido. E tudo indica isso vai acontecer mesmo”, afirmou Yglésio. (Leia a matéria aqui)

Este blog Marco Aurélio d’Eça já tratou desse dilema do governador e seus aliados; a situação foi expressa claramente em 28 de abril, no post “O futuro de Brandão e o interesse dos seus aliados…”.

“A incerteza quanto ao futuro político do governador é fruto de uma forte pressão que exercem sobre ele deputados estaduais, secretários que disputarão as eleições de 2026 e ex-políticos que sonham retomar a vida pública”, afirmou o blog.

  • o post mostrou que a maioria dos aliados depende de Brandão no cargo para se viabilizar em 2026;
  • mas o post também tratou sobre a suposta ameaça de perseguição dinista que leva ao temor na base.

“Se o governador ficar no governo até o final, ele será perseguido. Se decidir entregar para Felipe Camarão, mesmo assim será perseguido. Até mesmo se lançar parentes de Dino ao Senado, ainda assim será perseguido; Ele só precisa escolher de que forma quer sofrer esta perseguição: com ou sem mandato?!?”, pontuou, sem meias-palavras, este blog Marco  Aurélio d’Eça.

Brandão vive um paradoxo, portanto, com chances reais de virar senador, mas com medo de ser “cristianizado” em campanha.

A escolha é apenas e tão somente dele…

Acuados por Brandão, dinistas optam por silenciar, inclusive na Assembleia…

Estratégia é evitar confrontos com a base brandonista enquanto os aliados do ministro e do vice-governador Felipe Camarão tentam uma posição mais favorável do governo Lula e do PT nacional

 

CALAR-SE É MELHOR. À exceção de Othelino Neto – hoje em outro movimento político – todos os dinistas devem evitar provocações na Assembleia Legislativa

Os aliados do ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino – e do vice-governador Felipe Camarão (PT) – decidiram evitar qualquer confronto com a base do  governador Carlos Brandão (PSB), sobretudo na  Assembleia Legislativa. Acuados por Brandão, os dinistas reconhecem que não vivem um bom momento político, diante da clara disposição do governador de não apoiar o vice nas eleições de 2026.

  • os dinistas vão silenciar na Assembleia, mesmo diante de eventuais provocações dos brandonistas;
  • a exceção é o deputado Othelino Neto, hoje distante de Felipe Camarão e na oposição aberta a Brandão; 
  • enquanto submergem, os aliados em Brasília tentam posições mais favoráveis do governo Lula e do PT. 

O mal momento dos aliados do ministro do STF é simbolizado pelo revés dele próprio.

Flávio Dino pode enfrentar uma dor de cabeça desnecessária, diante do pedido de impeachment anunciado pelo deputado federal Níkolas Ferreira (PL-MG), após o ministro sugerir vice para Felipe Camarão em um evento em  São Luís.

“Flávio Dino está interferindo diretamente na disputa política do Maranhão enquanto Ministro do STF, cometendo crime de responsabilidade. O Judiciário deve ser imparcial, não um comitê eleitoral”, declarou o deputado mineiro.

Enfrentando dissabores no Maranhão, sem respaldo do PT nacional e do governo Lula – e agora com sua principal referência de liderança ameaçada por um impeachment – os dinistas preferiram a mordaça.

Pelo menos até que tenham momento mais favorável para voltar ao embate…

De como Brandão ganhou cacife para decidir a própria sucessão…

Governador ampliou sua relação com prefeitos, manteve sólida a base na Assembleia e alcançou Brasília, de forma a garantir que caberá só a ele próprio a escolha do candidato da base às eleições de 2026

 

COM O CONTROLE DA SITUAÇÃO, Brandão pôde dizer mais claramente quem quer, em sua base, para sucedê-lo no Governo do Estado

Este blog Marco Aurélio d’Eça publicou em 26/6/2024 o post “De como Brandão agora controla o jogo da sucessão em 2026…”.

  • o post mostrava como o governador usou o cacife do Palácio dos Leões para construir uma base sólida;
  • além da base de prefeitos, deputados estaduais e vereadores, construiu relação própria no governo Lula.

“Se Flávio Dino tinha ele próprio acesso a Lula e ao PT, Brandão agora tem o Sarney. Se os dinistas têm o próprio Flávio Dino no STF, Brandão agora tem Nunes Marques; se Dino tinha Felipe Camarão e Weverton para 2026, Brandão tem Orleans e Iracema”, apontava o texto, à época.

Passados alguns meses, este blog Marco Aurélio d’Eça voltou a apontar que Brandão buscava caminhos para seguir sem a pressão dos dinistas, sobretudo após a batalha da Assembleia Legislativa, que resultou no empate de 21X21 e ainda segue sem solução no Supremo Tribunal Federal.

Em 15/11/2024, para analisar o assunto, foi publicado o post “Os novos caminhos de Brandão para 2026…”.

  • o texto mostra que o governador podia, a partir de então, já não seguir mais com o vice, Felipe Camarão (PT);
  • já naquela época, apontava-se que ele deveria apoiar Orleans Brandão (MDB) numa batalha eleitoral épica.

“Alguns observadores da cena política apontam ainda uma terceira opção para o governador: apoiar o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD) e sua possível chapa de centro-direita”, ponderou também o texto de novembro.

Mas foi em 5/2/2025 que este blog Marco Aurélio d’Eça mostrou o pulo do gato do governador para decidir seguir sem o dinismo rumo à sucessão; trata-se do post: “Com pesquisa inédita, Brandão tem controle exato de sua força política no Maranhão…”.

“Agora com o levantamento em mãos – que ele distribuiu para estudo a prefeitos e lideranças políticas aliadas – o governador pode ir além, e conduzir, inclusive, eventuais aliados e adversários. Basta saber como ler o estudo do Instituto Prever…”, finalizava o texto.

  • desde então Brandão vem conduzindo o vice, Felipe Camarão, com períodos alternados de morde-e-assopra;
  • monitorando as bases, sabe também quem teria ou não condições de cerrar fileiras ao seu lado na sucessão.

Foi este controle que o levou a assumir publicamente a preferência por ter o sobrinho, Orleans Brandão – e não Felipe Camarão – como seu candidato em 2026.

Os dinistas, obviamente, não gostaram e vêm tentando fazer o contraponto.

Mas como diz o caboclo, eles que lutem…

“Nós cometemos esse erro em 2022”, diz Othelino ao comentar discurso de Brandão

Deputado estadual reconheceu que o governador falou certo em seu pronunciamento no município de Cajapió, quando disse “não se pode entregar o governo a qualquer um”

 

OTHELINO EM FOTO DE 2022, COM FLÁVIO DINO E BRANDÃO: Nós cometemos esse erro”, admitiu o deputado estadual

O deputado estadual Othelino Neto (Solidariedade) ironizou nesta quarta-feira, 7, ao comentar postagem deste blog Marco Aurélio d’Eça sobre discurso do governador Carlos Brnadão (PSB), em Cajapió; embora critique a postura do governador, o parlamentar reconheceu que ele está certo ao dizer “que não se pode entregar o governo a qualquer um”.

“Nesse aspecto, ele está até certo ao afirmar que não se pode entregar pra qualquer um… Ainda que inadvertidamente, nós cometemos esse erro em 2022″, provocou Othelino, citando a eleição do próprio Brnadão, apoiado pelo grupo Flávio Dino.

  • em Cajapió, Brandão elogiou o prefeito Marcone por ter colocado o próprio sobrinho como sucessor;
  • segundo o governador, foi sinal de sabedoria de Marcone por que “não se pode entregar a qualquer um”.

“Marcone eu quero te parabenizar por que você foi um dos melhores prefeitos de Cajapió, mas teve essa sabedoria de escolher um sobrinho. Um sobrinho para dar continuidade a esse eu trabalho, por que a gente não pode entregar para qualquer um, né?”, destacou Brandão. (Veja o vídeo abaixo)

NÃO HÁ MAIS O QUE DISCUTIR. No mais contundente discurso, Brnadão deixou claro quem quer como candidato em 2026

Foi a terceira vez em menos de uma semana que Brandão deixou claro o interesse de apoiar o sobrinho Orleans Brandão (MDB como candidato a sua sucessão, ao mesmo tempo em que ironizou a movimentação do vice-governador, Felipe Camarão (PT).

Até agora, quase uma semana depois das diretas e indiretas do governador, nenhum aliado de Felipe Camarão havia respondido às provocações.

Othelino Neto encarregou-se disso…

Degringolou de vez a relação entre dinistas e brandonistas…

Aliados de Carlos Brandão viram as digitais dos aliados do ministro Flávio Dino na reportagem levantando suspeitas sobre empresas ligadas à família do governador

 

CAMINHO SEM VOLTA?!? A cena de 2022 entre Felipe Camarão, Carlos Brandão e Flávio Dino parece que não se repetirá em 2026

Análise da Notícia

Apenas três dias depois de o governador Carlos Brandão (PSB) anunciar em Bacabal que não iria entregar o governo a quem é perseguidor – e apenas um dia depois de o vice-governador Felipe Camarão (PT) conceder entrevistas exaltando o ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino – uma reportagem do portal UOL degringolou de vez a relação entre os dois grupos.

  • a matéria traz uma denúncia sobre contratos de R$ 110 milhões no governo com empresa supostamente ligada aos Brandão;
  • reproduzida em setores da imprensa digital maranhense, a reportagem reforça suspeitas contra a família do governador.

“Um dos representantes da construtora perante licitações e contratos públicos, Alessandro Martins Santana, publicou em 2021 fotos em rede social com propaganda política de Carlos Brandão, à época vice-governador do Maranhão”, diz a reportagem do Uol.  (Leia a reportagem aqui)

Para aliados de Brandão na política e na mídia, há muitas coincidências que levantam suspeitas da participação de dinistas na matéria. (Veja aqui) 

Em 17 de abril, este blog Marco Aurélio d’Eça publicou o post “Advogada pões destino de Brandão nas mãos de Flávio Dino”; o texto mostrava que Clara Alcântara Botelho Machado entregou a Flávio Dino um dossiê com supostas irregularidades de Brandão no exercício do mandato para favorecer empresas da família.

  • segundo Clara Alcântara, Brandão usa holdings da família para ocultar novos bens;
  • a peça em poder do ministro maranhense cita, inclusive, a empresa denunciada no UOL.

“Uma advogada apresentou documentos no qual afirma que a Vigas Engenharia é controlada efetivamente pelo grupo empresarial da família Brandão, tendo o irmão do governador, Marcus Brandão, como o verdadeiro dono”, afirma a reportagem desta quarta-feira, 7.

A peça contra a família Brandão tem 29 peças e pede que seja aberta investigação nas instâncias competentes da Justiça.

Até agora, Flávio Dino não tomado qualquer decisão em relação às denúncias…

Todos odeiam Flávio Dino…

Proximidade do vice-governador Felipe Camarão com o ministro do Supremo Tribunal Federal é o principal trunfo dos atuais grupos de influência no governo Brandão para minar sua candidatura

 

PRESENÇA INCÔMODA. Influência do ministro Flávio Dino sob o vice-governador Felipe Camarão é visto como negativa por setores do governo Brandão

Não há um só auxiliar do governador Carlos Brandão (PSB), muito menos um de seus aliados políticos – ou mesmo seus familiares – que aponte qualquer traço do caráter do vice-governador Felipe Camarão (PT) como empecilho à entrega do governo em suas mãos a partir de abril de 2026.

Mas todos apontam o ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino como ponto negativo na relação com o petista.

  • entre familiares e aliados de Brandão, a proximidade de Camarão com Dino é um senão para 2026;
  • eles não admitem publicamente, mas temem influência do ministro no futuro governo do vice.

O núcleo mais poderoso que gravita em torno de Brandão é dividido em três subgrupos, todos fortemente resistentes à ideia de volta do dinismo ao poder.

  • o primeiro grupo é o político, que tem os sarneysistas e a Assembleia como principais expoentes;
  • o núcleo familiar é liderado pelo presidente do MDB, Marcus Brandão, com forte influência pessoal;
  • no terceiro grupo estão os secretários do Palácio dos Leões que atuam diretamente com Brandão.
AO MESTE COM CARINHO. Felipe Camarão exalta Flávio Dino como seu líder e mentor, o que irrita brandonistas

Mas se depender do próprio Felipe Camarão, sua lealdade e gratidão a Flávio Dino pesará mais que o projeto de chegar ao governo; nesta terça-feira, 6, ainda em meio à repercussão da fala do governador em Bacabal, ele fez questão de declarar-se ao ministro. 

“Flávio Dino é uma joia da República, que encantou uma geração”, afirmou o vice-governador, em entrevista ao podcast “My News”.

Pois se a questão é lealdade, como exigem os brandonistas, o que fazer com a de Felipe Camarão a Flávio Dino?!?

Com a palavra os que amam odiar o ministro do STF…

Com Brandão afastado do dinismo, grupo Sarney vira referência no governo…

Governador está cada vez mais próximo do ex-presidente José Sarney, tem o Grupo Mirante como parceiro prioritário na mídia e conta com expoentes sarneysistas em sua base

 

DISTANTE DE UNS, PRÓXIMOS DE OUTROS. Brandão com Roseana e Sarney, principal conselheiro político do governador nos dias atuais

Ensaio

Ao mesmo tempo em que enquadra os remanescentes do grupo do agora ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino sobre as eleições de 2026, o governador Carlos Brandão (PSB) tem demonstrado uma forte afinidade com o chamado grupo Sarney, ou o que restou dele politicamente.

  • Brandão tem no ex-presidente José Sarney (MDB) sua principal fonte de conselhos políticos;
  • pertencente à família do ex-presidente, o Grupo Mirante é seu parceiro prioritário na mídia;
  • e é com sarneysistas que Brandão se mostra mais à vontade após afastamento de Flávio Dino.

“Eu sempre me aconselhei com o presidente Sarney e seus conselhos têm servido para que a gente possa conduzir o Maranhão com muita harmonia entre os Poderes, dialogando muito, para que a gente possa fazer um grande governo”, admitiu, Brandão, ainda em 2024, quando – concidentemente, se aproximou mais do ex-presidente à medida que a relação com Flávio Dino chegava ao auge do desgaste. (Lembre aqui)

Atualmente, Brandão tem entre seus principais aliados expoentes sarneysistas ainda com forte atuação política, como o deputado federal Hildo Rocha e o presidente da Federação dos Municípios, Roberto Costa (ambos do MDB); foi em Bacabal, onde Cosa é prefeito, aliás, que Brandão fez o duro discurso, entendido como recado ao vice-governador Felipe Camarão (PT) e aos remanescentes do dinismo.

  • os sarneysistas são hoje muito mais próximos dos Brandão do que dos dinistas;
  • essa afinidade reforça a resistência à candidatura do dinista Felipe Camarão.

“O que disse em Bacabal vou repetir: não vamos apoiar candidato que não esteja alinhado com o grupo”, reforçou Brandão, em evento de homenagem a Sarney nesta segunda-feira, 5, reafirmando o polêmico discurso do domingo, 4, em Bacabal. (Leia aqui)

Coincidência ou não, foi a partir do realinhamento com o grupo Sarney – e a busca cada vez mais frequente do ex-presidente da República como conselheiro do governo – que Brandão passou a se afastar dos antigos aliados ligados a Flávio Dino.

Se a aproximação tem poder para influenciar em sua decisão de 2026, só o tempo dirá…

Enquanto isso, Braide avança…

Alheio às idas e vindas do governador Carlos Brandão na relação com seus aliados remanescentes do dinismo – o que prejudica o avanço de um candidato da base – prefeito de São Luís costura alianças em todo o estado

 

EXEMPLO EM TODO O MARANHÃO. Eduardo Braide com a amiga Cleide Coutinho: apoios e influência vão se enfileirando em todas as regiões do estado

Editorial

A indefinição do governador Carlos Brandão (PSB) em relação ao candidato de sua base para a sua sucessão em 2026 trava o avanço tanto do vice-governador Felipe Camarão (PT) quanto do secretário Orleans Brandão (MDB); mas esta postura claudicante favorece, sobretudo, o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD).

  • líder em todas as pesquisas, Braide supera os 70% dos votos na Grande São Luís;
  • uma vitória na região metropolitana pode tornar irreversível a vitória no interior.

Sem liberdade para discutir alianças e projetos, nem Camarão, nem Orleans conseguem avançar em conversas de apoios eleitorais, já que não sabem se terão o apoio de Brandão. Essa insegurança deixa também os partidos – PT e MDB – sem saber como atuar na pré-campanha.

Enquanto Brandão trava sua própria base, Braide organiza agenda no interior maranhense; ele já construiu base sólida em Imperatriz, Balsas e caminha para se consolidar também na região de influência de Caxias.

Segundo especialistas em análise de pesquisas eleitorais, o prefeito de São Luís torna-se praticamente imbatível se superar a casa dos 40% de intenção de votos antes das convenções; nos dias atuais ele tem entre 30% e 35%, mas mostra potencial para crescimento.

  • a indefinição de Brandão quanto ao governo leva a uma dúvida também em relação às vagas de senador;
  • com a força eleitoral do candidato a governador, a oposição pode ter força para eleger também os senadores.

Governador, pré-candidatos a governador e a senador, aliados políticos de todas as correntes ainda têm tempo de sentar à mesa e tentar equacionar o palanque de 2026, seja ele com que candidato for.

Mas este tempo está passando rapidamente e os adversários avançando na mesma velocidade.

É simples assim…

Alguma dúvida sobre o destino do recado de Brandão?!?

Não há nenhuma outra liderança política a quem o governador possa escolher entregar o governo a não ser ao seu vice, Felipe Camarão

 

CRISTALINO COMO ÁGUA. Em nenhuma outra fala sobre a sucessão, Brandão foi mais claro do que esta

Análise da Notícia

Ao declarar neste domingo, 4, que não pretende entregar o governo a alguém que – dentre outras coisas – vá perseguir seus aliados, o governador Carlos Brandão (PSB) deu um recado direto ao seu vice-governador Felipe Camarão (PT) e, principalmente, ao padrinho de Camarão, ministro do STF Flávio Dino.

  • ora, Brandão só pode entregar o governo ao seu vice; a todos os demais precisa eleição antes.
  • se diz que não vai entregar o governo, então deixa claro que ficará até o final do mandato.

Leia atentamente o que disse o governador neste domingo, 4, em vídeo que ganhou as páginas de toda a blogosfera maranhense:

“Não vou entregar para quem não pode fazer um bom governo. Tem que ser alguém afinado com os nossos amigos. Não adianta entregar o governo para quem vai perseguir nossos aliados, para quem não sabe tocar o governo. Eu preciso entregar o governo para quem realmente saiba tocar e tirar do papel”.

Agora leia a parte final do post “O futuro de Brandão e o interesse de seus aliados…”. publicado neste blog Marco Aurélio d’Eça uma semana atrás, em 28 de março:

“Se o governador ficar no governo até o final, ele será perseguido; se decidir entregar para Felipe Camarão, mesmo assim será perseguido; até mesmo se lançar parentes de Dino ao Senado, ainda assim será perseguido. Em outras palavras, se Flávio Dino for o que os brandonistas dizem que ele é, não tem jeito: Brandão será perseguido de qualquer maneira. Ele só precisa escolher de que forma quer sofrer esta perseguição: com ou sem mandato?!?”, apontava o post.

CONFIANÇA NO GRUPO. Cercado pelos principais aliados, Brandão fez discurso duro sobre a entrega do governo em 2026

Se ainda há dúvidas quanto ao desejo de apoio de Brandão ao próprio sobrinho Orleans Brandão (MDB), não há mais nenhuma quanto ao desinteresse do governador em seu vice.

Cabe agora ao grupo de Felipe Camarão dizer o que será do vice-governador.

Ele será candidato com ou sem Brandão na chapa?!?

Com a palavra os dinistas e o PT…