Governador finge que os critérios da carta-compromisso assinada em julho têm alguma validade; e o senador finge que acredita na possibilidade de apoio do governador. Nesse cabo-de-guerra, ambos vão empurrando com a barriga a decisão sobre as eleições de 2022
Análise de conjuntura
As provocações mútuas, alfinetadas, recadinhos em palanque e entrevistas têm sido a tônica dos discursos pré-eleitorais do governador Flávio Dino (PSB) e do senador Weverton Rocha (PDT).
Flávio Dino finge que existe a possibilidade de apoiar Weverton; e Weverton finge que acredita nisso.
Nesse cabo-de-guerra, o objetivo é um só, de ambos os lados: ganhar tempo para fortalecer as bases e consolidar seus próprios projetos eleitorais.
Flávio Dino não tem o menor interesse em apoiar Weverton Rocha para o governo, mas sabe que o senador tem hoje uma base sólida de apoiadores que podem prejudicar sua candidatura a senador.
Já a candidatura de Weverton Rocha ao governo independe da vontade e do apoio de Flávio Dino; mas o senador sabe que uma posição abertamente contrária do governador pode gerar dificuldades.
Até junho de 2022, os dois vão fazendo este joguinho, ensaboando suas bases e ganhando o precioso tempo de indefinição, mantendo a chama da candidatura acesa, de lado a lado.
Os aliados de cada um que controlem a ansiedade de ver as coisas definidas, até para viabilizar os próprios projetos.
E o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) que lute para se viabilizar…