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Só pra fazer pensar…

Site anuncia proposta do Corínthias por craque do Cruzeiro

14 de outubro de 2011, sexta-feira. Portal Gazeta Esportiva anuncia em destaque: “Por Montillo, Corínthians podeia pagar R$ 14,5 milhões mais Jorge Henrique“. (Leia aqui)

A notícia teve repercussão imediata por ter sido divulgada na semana em que o time paulista jogaria com o Cruzeiro, em Minas Gerais.

Oficialmente, o Cruzeiro desmentiu a possibilidade de negociação.

17 de outubro de 2011, domingo. Como a maioria dos portais esportivos brasileiros, o site Terra divulgou, no início da noite: “Montillo perde penalty e Corínthians vence Cruzeiro fora“.

Coincidência? Há outras.

Perda de penalty por Montillo é destaque pós-jogo

O Atlético de Goiânia é o time mais regular deste Brasileirão. Ganhou todas antes de jogar com o Corínthians; e continua a ganhar todas depois deste jogo.

Mas contra o Corínthians teve um inexplicável apagão. Foram três gols à jato, apenas no primeiro tempo, suficientes para garantir a liderança ao time paulista.

É histórica a relação dos times de Goiás com o clube paulista. Em outra ocasião, o Goiás pediu de volta um jogado do Sport que lhe pertencia ás vésperas da decisão da Copa do Brasil, contra o mesmo Corínthians.

Coincidência?

Há uma expressão chamada “efeito colateral”, usada nos meios militares para designar aquilo que, mesmo sem aparentar, tem relação, ou consequência – com outro fato.

Este blog sempre usa um pensamento do poeta carioca Fausto Fawcett quando trata de questões enigmáticas: “O mais vagabundo ferro de passar tem a ver com uma pesquisa militar”.

Simples assim…

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Aliados nomeiam assessores de Flávio Dino em gabinetes na Assembléia

Márcio Jerry foi nomeado para o gabinete de Rubens Júnior

Se depender dos aliados na Assembléia Legislativa, os assessores do ex-deputado federal Flávio Dino (PCdoB) vão poder continuar fazendo campanha eleitoral para ele – seja para qual for o cargo – com a garantia de emprego e altos salários.

O presidente do PCdoB de São Luís, e principal assessor de Dino, Márcio Jerry Saraiva Barroso, foi nomeado no gabinete do deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB), com salário de R$ 14.485,43 (Símbolo Isolado de Técnico Parlamentar Especial).

O mesmo salário será pago a Anna Amélia Figueiredo Dino de Castro e Costa, assessora e cunhada do ex-candidato a governador, lotada agora no gabinete da deputada Cleide Coutinho (PDB).

A lotação de Ana Amélia é no gabinete de Cleide Coutinho

Márcio Jerry era lotado no gabinete do deputado federal em Brasília, até janeiro, quando ele teve que deixar a Câmara Federal. Não há informações sobre a lotação de Ana Amélia no gabinete parlamentar do cunhado.

As duas nomeações foram publicadas no Diário da Assembléia da última sexta-feira – que saiu quase à meia-noite – e, segundo apurou o blog, faz parte de um acordo de Flávio Dino com os seus aliados: os parlamentares nomeariam os assessores, que passariam a ter garantias estruturais para a pré-campanha.

Ainda segundo apurou o blog, parte dos salários seria aplicada, inclusive, na logística e estrutura das ações que visam manter o ex-parlamentar em evidência até a campanha de 2014.

Outras nomeações de assessores dinistas estão  previstas  para o gabinete do ex-presidente da Casa, Marcelo Tavares (PSB).

Esquema
O esquema de manutenção empregatícia e salarial para assessores de Flávio Dino vem sendo costurado desde outubro, quando o comunista perdeu a eleição de governador. O blog apurou que o então deputado e os colegas da Assembléia conversaram muito sobre a melhor forma de manter os assessores empregados e garantir estrutura financeira para suas andanças pelo interior.

A previsão era nomear “três ou quatro” do grupo de Dino, o que leva a crer que outras nomeações sairão nos próximos dias.

As nomeações já publicadas são retroativas a 1º de fevereiro, embora não se tenha notícia da presença de Márcio Jerry ou Anna Amélia nos respectivos gabinetes desde o início dos trabalhos legislativos.

Divisão
É comum na Assembléia Legislativa os deputados usarem cargos de alto escalão na estrutura do gabinete para fortalecer as bases eleitorais.

Cada gabinete tem direito a cinco cargos simbologia ISO, com salários de R$ 14,4 mil, mais um de cerca de R$ 10 mil, outro com salário de R$ 9 mil, e três com remuneração de R$ 8,4 mil, sgundo revelou hoje reportagem de “O Estado do Maranhão”.

A estratégia funciona assim: uma pessoa é nomeada para um destes cargos e divide o salário com vários outros assessores, multiplicando o trabalho de cabos eleitorais; ou simplesmente entrega parte do dinheiro para a campanha do parlamentar ou de quem o indicou.

A prática, considerada inadequada do ponto e vista ético, é tolerada por todos os parlamentares, pelas instâncias judiciais e também pela mídia.

Estranho é que alguém como Flávio Dino, que se propõe o diferente na política maranhense possa estar se utilizando do mesmo expediente…