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Os riscos da aposta na supervotação de Roseana

Aliados falam em 200 mil, 300 mil votos à ex-governadora, que disputa vaga na Câmara Federal, meta pouco provável de ser alcançada, sobretudo diante da forma de campanha que ela adotou, quase sem sair de casa

 

Roseana tem força eleitoral para bombar nas eleições de outubro; mas a aposta numa supervotação pode criar sensação de derrota em sua liderança histórica

Análise da notícia

Os aliados da ex-governadora Roseana Sarney (MDB) estão impondo a ela um risco desnecessário nas eleições de outubro; gente como o ex-senador João Alberto e o ex-candidato a governador Edinho Lobão falam de 200 mil e até 300 mil a votação de Roseana para deputada federal.

Superestimar os votos em Roseana pode causar sensação de esvaziamento do seu nome, caso ela não atinja a supervotação.

Observadores mais atentos da cena política apontam que Roseana deve receber votação bem mais modesta para os padrões de aposta do MDB: algo entre 100 mil e 150 mil votos; esta realidade é bem mais factível, até pelo estilo de campanha que a ex-governadora adotou.

Roseana não tem visitado as bases no interior e tem saído pouco às ruas, mesmo em São Luís, sua principal base eleitoral; ela recebe lideranças em casa, onde conversa sobre apoios e firma parcerias.

A aposta numa votação estrondosa é explicada pela necessidade do MDB de  eleger uma superbancada de deputados federais, o que é pouco provável; e pode esvaziar sua própria liderança histórica se ela ficar atrás de novatos, como Duarte Júnior (PSB), por exemplo.

Mas, se a própria Roseana acredita que vai mesmo “estourar a boca do balão” nas urnas de outubro, precisa se movimentar mais claramente na campanha.

E tem até outubro para fazer isso…